Milton Ribeiro: Quais são as acusações e os próximos passos da investigação de corrupção no MEC

Caso seja condenado em todas as acusações que sofre, o ex-ministro pode pegar até 18 anos de cadeia

Foto: Isac Nóbrega/PR

Por Marcelo Hailer, Revista Fórum.

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso em operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (22), suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação (MEC) e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). A prisão é preventiva, ou seja, não tem prazo para ser revogada.

Além de Milton Ribeiro, também foram presos os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Bolsonaro (PL) e apontados como participantes que atuavam no esquema que ficou conhecido como “Bolsolão do MEC”.

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Preso na superintendência da Polícia Federal de São Paulo, Milton Ribeiro deve ser ouvido nesta quinta-feira (23) em audiência de custódia que será realizada por videoconferência.

A defesa de Ribeiro entrou com um pedido para que ele fique preso em São Paulo, mas a Justiça Federal negou e ele será transferido para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Milton Ribeiro, Arilton Moura e Gilmar Santos foram presos acusados de cobrar propina para facilitar a liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras. O caso corre em segredo de justiça e, portanto, não se sabe o motivo que levou ao pedido de prisão preventiva e não temporária.

Na noite desta quarta-feira, a defesa de Milton Ribeiro entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para ter acesso integral ao processo.

Batizada de “Acesso pago”, a operação foi autorizada pelo juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal. A investigação apura os seguintes crimes:

– Corrupção passiva (que tem pena prevista de dois a doze anos de prisão); 

–  Tráfico de influência (dois a quatro anos); 

– Prevaricação (três meses a um ano); 

 – Advocacia administrativa (um a três meses). 

A investigação começou no Supremo Tribunal Federal (STF), mas, depois que Milton Ribeiro deixou o MEC, foi remetida à primeira instância.

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