Por Douglas Silva.
Na última terça-feira, 10, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse não existir conflito de interesses em fazer parte da comitiva de Temer na viagem a Portugal na última segunda-feira, 9, para o funeral do ex-presidente português Mário Soares. Além do ministro golpista, viajaram também o ex-presidente José Sarney e o ministro da casa civil, Eliseu Padilha.
Apesar da viagem a Portugal para a participação das cerimônias fúnebres do ex-presidente português, o ministro golpista Gilmar Mendes não compareceu em nenhuma das cerimônias fúnebres.
No final do ano passado, a polícia federal havia cumprido mandato de busca e apreensão nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviço à chapa de Dilma-Temer para as eleições de 2014. A operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamim, relator da ação de cassação que tramita no TSE e que investigou se a campanha presidencial foi financiada com dinheiro público desviado.
O julgamento que acontecerá esse ano, provavelmente no segundo semestre, ainda possui resultado ofuscado pelos desdobramentos da crise política que deixa o cenário em aberto para uma retirada de Temer pela cassação da chapa reeleita em 2014, e a abertura de eleições indiretas via Congresso ou a permanência do Presidente golpista frente aos ajustes e ataques. Além de outras saídas que se desenvolvem pela burguesia e a direita em meio a crise política e econômica como forma de manter os “punhos de aço” contra os trabalhadores e juventude.
O impeachment que levou Michel Temer à presidência, desde antes apontava nítidos interesses políticos em aprofundar os ataques contra a juventude e a classe trabalhadora de forma ainda mais dura e acelerada. A viagem da “comitiva de golpistas” para Portugal traduziu toda a relação amistosa do que sempre unirá todos eles: seguir aprofundando o ajuste e seus ataques.
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Fonte: Esquerda Diário