Por RT.
Mais de um milhão de pessoas se reuniram em várias cidades do Iêmen na sexta-feira para expressar seu rechaço aos ataques dos EUA e da Grã-Bretanha ao país, lançados em resposta à ofensiva dos rebeldes hutis contra a navegação no Mar Vermelho.
De acordo com a mídia local, mais de um milhão de manifestantes se reuniram na Praça al-Sabeen, na capital, Saná, onde foram entoados cantos populares de guerra legitimando o líder huti e ameaçando a coalizão liderada por Washington com “uma resposta dissuasiva”.
Durante os protestos, os comandantes do movimento rebelde condenaram veementemente os bombardeios ocidentais: “Os ataques deles ao Iêmen são terrorismo”, declarou Mohammed Ali al Houthi, membro do Conselho Político Supremo dos Hutis. “Os Estados Unidos são o demônio”, afirmou ele.
“Não atacamos a costa dos Estados Unidos, nem nos mudamos para as ilhas americanas e as atacamos. Seus ataques ao nosso país são terrorismo”, enfatizou.
Más de un millón de personas se manifiestan en Yemen en rechazo a los ataques de EE.UU. y Reino Unido pic.twitter.com/YjP3lcUA1r
— Sepa Más (@Sepa_mass) January 12, 2024
Na sexta-feira, 12 de janeiro, os EUA e o Reino Unido, com o apoio da Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda, lançaram vários ataques contra posições Hutis no Iêmen. Durante a operação militar, Washington usou mais de 100 munições guiadas com precisão para bombardear mais de 60 alvos em 16 locais diferentes do país, informou a US Air Force Central.
Por sua vez, os hutis prometeram não deixar que os ataques ficassem “sem resposta e sem punição”. “O inimigo norte-americano-britânico, como parte de seu apoio à criminalidade israelense contínua em Gaza, lançou uma agressão brutal contra a República do Iêmen com 73 ataques visando a capital, Sana’a, e as províncias de Hodeidah, Taiz, Hajjah e Saada”, disseram, acrescentando que a ofensiva deixou cinco mortos e seis feridos.