Macri abre as sessões legislativas

Por Débora Mabaires, Buenos Aires, para Desacato.info.

(Português/Español).

O presidente Mauricio Macri fez seu discurso de abertura das sessões legislativas no Congresso Nacional. Exibindo um cinismo escandaloso, ele se atreveu a agitar as bandeiras da “transparência” e a “luta contra a corrupção” enquanto ele próprio está sendo investigado pelas causas vinculadas às propinas da Lava Jato, tanto no Brasil quanto na Argentina por sua sociedade com a Odebrecht.

Também está sendo investigado pela fraudulenta venda da sua empresa aérea, pela concessão de rotas aéreas a ela e a outras aerolinhas que pertencem a membros de seu governo.

Ainda, Macri está sendo investigado pelo vergonhoso acordo que prejudica o Estado nacional com sua empresa Sideco, concessionária de Correio Argentino, e nesta causa, se descobriu o perdão de dívidas por multas e a falta de declaração de bens, porque quando Macri assumiu como presidente passou  as ações das empresas a seus filhos, mas não o usufruto delas.

Mentiu aleivosamente quando se referiu ao suposto incentivo dos programas estatais contra a violência de gênero aos que, faz apenas 15 dias, reduziu seu orçamento.

Fez referência ao envio ao parlamento da modificação de uma lei, a de Proteção de Dados Pessoais, supostamente para atrair investimentos. Como poderia atrair investimentos estrangeiros uma lei que desprotege os dados sensíveis dos cidadãos desse país? Teremos que ver de que se trata, porque ele não disse.

Também disse que mandaria ao Congresso para ser debatida uma “Lei de Responsabilidade Empresária”.  Seria uma boa moção, se realmente adjudicasse aos empresários os danos ambientais que produzem, como por exemplo, a contaminação dos rios que hoje produz a mineradora canadense Barrick Gold na província de San Juan, ou a produzida pelos produtores agrícolas. Mas vindo o projeto de um empresário mineiro, agrícola, que também tem gado e empreiteira, me permito duvidar de ver semelhante benefício para nosso país.

Macri também disse que neste ano a inflação baixaria, mas não disse como. Essa inflação é a mesma que ele gera anunciando aumentos de tarifas de serviços públicos, combustíveis e pedágios.

Ainda, falou da extraordinária colheita recorde de trigo, mas evitou mencionar que ela é exportada completamente, o que obriga aos fabricantes de produtos farináceos a importar farinha. Isso fez com que o custo do pão se duplicasse em um ano.

Falou do incremento nas vendas de colheitadeiras, tratores e semeadoras, mas evitou dizer que, agora, a partir dele ter assumido como presidente, se importam máquinas agrícolas de segunda mão, destruindo assim a incipiente indústria nacional.

Mauricio Macri falou genericamente de saúde e educação, mas se deteve para fazer uma ameaça explícita a um sindicalista de Educação, Roberto Baradel , o titular de Suteba, de quem disse: “ Não acredito que Baradel precise ser cuidado”.  O sindicalista e a sua família tinham sido ameaçados fazia só cinco dias.

Esta demonstração explícita de terrorismo de Estado, onde nada menos que o Presidente da Nação diz publicamente e frente a milhões de pessoas que não acredita na necessidade de proteger um cidadão ameaçado de morte, não é mais que a certificação do tipo de governo ao que estamos sendo submetidos.

A prisão ilegítima da referente social  Milagro Sala quase acaba abruptamente faz uns dias, quando presa de uma crise nervosa, atentou contra sua vida após as torturas psicológicas às que é submetida diariamente faz 14 meses.

O presidente Mauricio Macri sabe que tem impunidade. Tem garantida a aprovação da imprensa hegemônica e  o manto de legalidade contra seus abusos é estendido por quatro dos cinco membros da Corte Suprema para dar-lhe proteção.

Ante uma cidade sitiada pela polícia, o exército e o corpo de gendarmes atrás de uma cerca de milhares de metros , Mauricio Macri mentiu para o povo mais uma vez.

O surpreendente é que apesar de todos os cuidados na segurança, ninguém compareceu no local para saudar o presidente quando passava.

Mauricio Macri fez desaparecer os seres humanos de seu discurso e isso se viu refletido ontem na ausência de gente nas ruas: o povo argentino não o aplaude. Só conta com os aplausos de uma oligarquia rançosa que se enriquece com cada medida que toma.

Será necessária muita mais polícia, muitas mais cercas para conter o drama social que está gerando a milhões de argentinos com suas políticas.

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info.


Macri abre las sesiones del Congreso Nacional

Por Débora Mabaires, Buenos Aires, para Desacato.info.

El presidente Mauricio Macri hizo su discurso de apertura de sesiones legislativas en el Congreso Nacional. Haciendo gala de un cinismo escandaloso, se atrevió a agitar las banderas de la “transparencia” y la “lucha contra la corrupción” mientras él mismo está siendo investigado por las causas vinculadas a las coimas del Lava Jato, tanto en Brasil como en Argentina por su sociedad con Odebrecht.

También está siendo investigado por la fraudulenta venta de su empresa aérea, por el otorgamiento de rutas aéreas a la misma y a otras aerolíneas que pertenecen a miembros de su gobierno.

Está siendo investigado por el bochornoso acuerdo que perjudica al Estado Nacional  con su empresa SIDECO  concesionaria del Correo Argentino, y en esta causa, se descubrió la condonación de deudas por multas; y la falta de declaración de bienes, ya que al asumir como presidente, pasó las acciones de las empresas a sus hijos, pero no así, el usufructo de las mismas.

Mintió alevosamente cuando se refirió al supuesto fomento de  los programas estatales contra la violencia de género a los que hace apenas 15 días, les redujo su presupuesto.

Hizo referencia al envío al parlamento de la modificación de una ley, la de Protección de Datos Personales, supuestamente para atraer inversiones. ¿Cómo podría atraer inversiones extranjeras una ley que desprotege los datos sensibles de los ciudadanos de ese país? Habrá que ver de qué se trata, ya que no lo especificó.

También dijo que enviaría una “Ley de Responsabilidad Empresaria” al Congreso para ser debatida.  Sería una buena moción, si realmente hiciera cargo a los empresarios de los daños ambientales que producen, como por ejemplo, la contaminación de ríos que produce hoy la minera canadiense Barrick Gold en la provincia de San Juan, o la producida por los productores agrícolas. Pero viniendo el proyecto de un empresario agrícola ganadero , constructor y minero, permítaseme dudar de que veamos semejante beneficio para nuestro país.

Dijo que este año bajaría la inflación, pero no dijo cómo lo haría. Esa inflación es la  misma que él genera anunciando aumentos de tarifas de servicios públicos, combustibles y peajes.

Así también , habló de la extraordinaria cosecha record de trigo, pero evitó mencionar que la misma es exportada completamente, lo que obliga a los fabricantes de productos farináceos a importar harina. Eso hizo que el costo del pan se duplicara en un año.

Habló del incremento en ventas de cosechadoras, tractores y sembradoras, pero evitó decir, que ahora, a partir de que él asumió como presidente, se importan maquinarias agrícolas de segunda mano, destruyendo así a la incipiente industria nacional.

Mauricio Macri habló genéricamente de salud y educación , pero se detuvo a hacer una explícita amenaza a un gremialista de Educación, Roberto Baradel , el titular de SUTEBA, de quien dijo : “ No creo que Baradel necesite ser cuidado”.  El sindicalista había sido amenazado de muerte él y su familia, hace apenas 5 días.

Esta muestra explícita de terrorismo de Estado, donde nada menos que el Presidente de la Nación, dice  públicamente y ante millones de personas que descree de la necesidad de proteger a un ciudadano amenazado de muerte, no es más que la certificación del tipo de gobierno al que estamos siendo sometidos.

La prisión ilegítima de la referente social  Milagro Sala casi termina abruptamente hace unos días, cuando presa de una crisis nerviosa, atentó contra su vida luego de las torturas psicológicas a las que es sometida a diario desde hace 14 meses.

El presidente Mauricio Macri se sabe impune. Tiene asegurado el beneplácito de la prensa hegemónica, y  el manto de legalidad contra sus atropellos es extendido por cuatro de los cinco miembros de la Corte Suprema para brindarle protección.

Ante una ciudad sitiada por la policía, el ejército y gendarmería,  tras un vallado de miles de metros, Mauricio Macri le mintió al pueblo una vez más.

Lo sorprendente es que a pesar de todos los recaudos tomados en seguridad, ni una persona se hizo presente en el lugar para saludar al presidente al pasar.

Mauricio Macri hizo desaparecer a los seres humanos de su discurso y eso se vio reflejado hoy en la ausencia de gente  las calles: el pueblo argentino no lo aplaude. Sólo cuenta con los aplausos de una rancia oligarquía que se enriquece con cada medida que toma.

Necesitará mucha más policía, mucho más vallados para contener el drama social que está generando con sus políticas a millones de argentinos.

Foto:puntonoticias.com.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.