Amanhã, sábado, 14 de maio, às 17h, será lançado o livro “Crítica Parcial” em Porto Alegre, na Livraria Bamboletras, publicado pela Editora Ogun’s. Para conversar sobre o lançamento, participou da edição cultura do JTT, nesta sexta-feira (13), o autor Ronald Augusto.
O escritor parte da teoria de que “toda crítica é parcial, mesmo que o crítico não perceba, ele assume um lado”. Ou seja, Ronald considera o nível de bagagem intelectual, cultural, ideológica, política e social de cada ser.
Além disso, Ronald destaca que não existe crítica isenta e fixa. Para ele, toda crítica é incompleta, e principalmente, provisória. O crítico/a precisa exercitar e buscar sempre novas referências. “Tem que estar com câmera na mão, mesmo que incerta. Tem que incorporar outras visões para interpretar o que passa na contemporaneidade”, explica.
Crítica parcial reúne, portanto, “um conjunto de ensaios, artigos e paratextos devotados a uma tábua restrita de temas, por exemplo: a linguagem de alguns poetas (tanto os tributários da invenção, como os da convenção) presentificada em determinadas obras de agora-agora; tópicos sobre as condições de prestigiamento e apagamento seletivos de algumas vozes na sala de estar da literatura brasileira; as implicações das trampas raciais na constituição das consagrações poéticas transeuntes; ainda as trampas raciais nas relações de força da estima social; e, por fim, discussões conceituais sobre certos vetores estéticos associados à poesia”, Ronald Augusto.
O escritor, olha para como a literatura replica a estrutura racial e de que forma os jogos de poder político atravessam questões estéticas e culturais. Ronald, também trabalha com o conceito de poesia experimental. Destaca: “Eu não quero fazer poesia experimental dentro de um esteticismo que obedece uma ‘qualidade’ estética, literária”. Neste cenário, também reflete sobre o conteúdo e suas formas: a forma é significante e constitutiva”.
Assista à entrevista completa abaixo:
