É lá se via Alcides Ferreira, que mereceu o título popular de “senador” pela sua imponência e estilo a gravata borboleta; não faltava Fernando Viegas, abanando para o governador que vencia a Felipe Schmidt no cadilac; o outro Fernando, o Bastos, tinha uma identidade com a Ilha, a ponto de sempre deixar molhado o seu bigode de café…
E assim a Ilha escreveu alguns capítulos de sua história no Ponto Chic. Em 1979, a Novembrada aconteceu no Ponto Chic, onde o então presidente Figueiredo ameaçou soltar a mão contra um manifestante. E o segurança Índio, do ministro César Cala, de Minas e Energia, foi arremessado por populares sobre geladeiras e fogões da loja Arapuã. O governador Ivo Silveira descia do Palácio para beber café no Chic. Que maravilha! A Nega Tide sambava com seu reboliço mesmo em dias frios. A Marta Rocha, pedinte, dava canelada em que lhe negasse um cruzeiro. O mulato de 80 anos, Bataclan, sob frio de 17 graus, corria de calção e sem camisa até a subida da Felipe e retornava para receber aplausos. “Olha O Glooobooooo”, anunciava o simpático velhote de barba já no fim de tarde. E tudo isso morreu. O Ponto Chic fechou. E o governador Jorge Lacerda, um dos mais cultos inquilinos do Palácio, deve estar reverberando: poxa, essa Ilha não tem jeito. É melhor entregá-la aos argentinos.