Jornal Hoje em Dia demite mais de 20 da redação

00-aaa-hoje-em-dia-passaralhoDois meses depois de ser vendido pela Rede Record ao Grupo Bel, o diário mineiro Hoje em Dia enfrenta baixas em sua equipe de redação. Na manhã dessa quarta-feira, 13, aproximadamente 25 profissionais foram dispensados do veículo de comunicação que tem sede em Belo Horizonte, segundo informações divulgadas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG).

Em contato com a reportagem do Comunique-se, um dos jornalistas dispensados do Hoje em Dia afirma que os funcionários esperavam por mudanças desde que a venda da marca foi concretizada. O profissional demitido comenta, no entanto, que nenhum pensamento mais negativo por parte dos colegas de trabalho antevia a possibilidade de um passaralho. “Só não esperávamos que mandassem 25 embora em tão pouco tempo”.

Há também relatos de que a notícia de demissão pegou de surpresa os profissionais que chegaram para trabalhar por volta das 7h. De acordo com os, agora, ex-funcionários da empresa de mídia, uma força-tarefa do setor de Recursos Humanos já estava ativa para efetuar as rescisões contratuais. Editores, repórteres, fotógrafos e redatores foram demitidos. “Alguns deles atuavam no Hoje em Dia há mais de 20 anos”, salienta um dos jornalistas.

As demissões afetaram as equipes do impresso, que tem circulação de 45 mil exemplares por dia, e do online. Os cortes representam o encolhimento do quadro funcional do Hoje em Dia em 20%. Como justificativa, a direção da empresa teria limitado-se a informar aos demitidos que a decisão foi necessária devido à atual situação “administrativa”. Até o momento, o Grupo Bel não se pronunciou publicamente a respeito das demissões.

Para o sindicato, a ação dos mandatários do jornal já virou caso de Justiça. A entidade informou, em nota, que enviou pedido de mediação para a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, por entender que o caso tratou-se de “dispensa coletiva de trabalhadores” o que caracterizou “demissão em massa”. Neste caso, a instituição avalia que “foi violado ao princípio da interveniência sindical na negociação coletiva, que pressupõe a atuação do sindicato em toda e qualquer discussão que envolva pluralidade de trabalhadores”.

Fonte: Comunique-se.

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