Jaraguá do Sul: Resistir e lutar, servidores não podem pagar a conta pela crise na Prefeitura

Assessoria. 

O Sinsep esteve presente à plenária semanal da Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul (Acijs), realizada na noite do dia 13 de fevereiro e que contou com as presenças do prefeito AntídioLunelli, do vice, Udo Wagner, de secretários e gerentes da atual administração. Na ocasião, foi apresentado o quadro sobre a situação financeira do município e a previsão orçamentária para este ano. O prefeito adiantou que tomará uma série de “medidas impopulares” em virtude da crise financeira da Prefeitura, que não é exclusividade de Jaraguá do Sul.

O Sinsep foi convidado pelo próprio prefeito a se fazer presente à plenária e não poderia se furtar do compromisso, até mesmo porque os servidores preparam-se para deflagração da Campanha Salarial 2017, em toda a microrregião, cujo lema é “Resistir e Lutar”. Às 18h30min do dia 22 de fevereiro, no auditório do STIVestuário, será a vez da Assembleia Geral com os servidores jaraguaenses, ocasião em que serão aprovadas as reivindicações para início das negociações com a administração.

Durante sua explanação, AntídioLunelli comparou o serviço público com a iniciativa privada. Para o Sinsep, prefeitura não é empresa, portanto, não deve visar lucro e, sim, o bem estar da comunidade em que está inserida. Pelo que se antevê, na Campanha Salarial deste ano serão necessárias ainda mais coragem e perseverança. O Sinsep reitera sua determinação de buscar o reajuste anual de salários e vai “Resistir e Lutar” para que a qualidade de vida dos próprios servidores nos seus locais de trabalho seja também assegurada.

O prefeito expõe a categoria ao tornar público, repetidas vezes, o exagerado número de atestados médicos (segundo ele, mais de 2 mil por mês), fortalecendo a pecha de que servidor não quer trabalhar: “Tem muito servidor que deveria ter vergonha na cara para sair às ruas”, disse. O Sinsep entende que o elevado número de atestados médicos é reflexo das condições de trabalho e apoia a realização de uma auditoria para identificar possíveis irregularidades e quais são as principais causas de afastamento. Deste modo, em vez de generalizar, é possível programar ações específicas para melhorar o ambiente de trabalho e evitar que os servidores adoeçam.

O prefeito disse que o turno único, adotado no final do ano passado, e o ponto facultativo – prerrogativas únicas e exclusivas dos administradores – são formas de se economizar recursos públicos. É preciso que se diga que cabe ao servidor apenas cumprir o que for determinado pelas administrações. Entre as decisões do prefeito para cortar gastos estão a redução do número de comissionados (o organograma prevê 225 deles) e medidas para aumentar a arrecadação, mediante o combate à sonegação de impostos, entre outras. Antídio Lunelli revelou que a dívida ativa da Prefeitura é de R$ 100 milhões, portanto, cabe à administração encontrar maneiras de resgatar esse volume de recursos, através de rigorosa fiscalização e controle. Afinal, quem faz a cidade “funcionar”, com Educação, Saúde, obras e, consequentemente, com qualidade de vida, são os servidores.

 

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