Islamistas chamam a levantamento contra o Exército do Egito

egipto-revueltaA Irmandade Muçulmana (IM, islamistas) egípcia chamou hoje (dia 8) seus membros a levantarem-se contra “quem rouba a revolução” e acusou o Exército de ter executado um massacre ao amanhecer.

Fontes da IM disseram que membros do Exército e das forças de segurança atacaram manifestantes que realizavam uma sentada, em frente ao Quartel Geral da Guarda Republicana (GR), enquanto faziam a prece do Fajr (Amanhecer, em árabe), primeira das cinco preces muçulmanas do dia.

No ataque morreram 42 pessoas e 322 ficaram feridas, algumas graves, reportou um porta-voz do Ministério de Saúde, que em um boletim anterior tinha quantificado em 35 o número de vítimas fatais, mas fontes oficiosas mencionavam mais duas.

Uma versão do Exército assegura que um oficial morreu e 40 soldados foram feridos “por terroristas armados” que atacaram a instalação militar, na qual se supõe que esteja detido o derrocado presidente Mohamed Morsi com uma parte de sua equipe.

A declaração da IM e seu braço eleitoral, o Partido Liberdade e Justiça, difundida através de sua página no Facebook, acusa o Exército de “disparar gases lacrimogêneos e perdigões (contra os fiéis) sem consideração pela santidade das orações e da vida (humana)”.

O comando das Forças Armadas assegura que prendeu 200 pessoas que portavam “grandes quantidades de armas de fogo, munições e coquetéis Molotov (bombas incendiárias de fabricação caseira)”.

Os islamistas afirmam em seu comunicado que “talvez ainda haja homens sábios (entre os militares) que possam parar esta conduta, anormal no Exército egípcio”.

O comando militar também informou a reabertura da avenida Salah Salem, que tinha sido bloqueada por cerca de cinco mil seguidores da IM, uma via de caráter estratégico, pois liga o quartel geral da GR ao Estado Maior da Força Aérea nesta capital.

Para as 14:30, hora local, está convocada uma coletiva de imprensa “com representantes do Ministério de Defesa”, no Centro de Imprensa Estatal, localizado no distrito de Cidade Nasser, onde há vários dias estão concentrados os seguidores da IM que demandam a reinstalação do presidente Morsi.

Fonte: Prensa Latina.

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