Frente Guasú critica contrato do governo paraguaio com mineradora

Multinacional Rio Tinto Alcán quer energia subsidiada e infra-estrutura pronta para se instalar no país.

Aníbal Carrillo, candidato presidencial da Frente Guasú, coalizão de partidos e movimentos sociais paraguaios de esquerda, denunciou neste domingo (06/12) que funcionários do governo, partidos tradicionais e legisladores procuram favores econômicos da multinacional Rio Tinto Alcán.

Para essa dura acusação, Carrillo se baseou na insistência dos mencionados atores na instalação da multinacional no território nacional em condições vantajosas para ela e extremamente prejudiciais ao Paraguai, tanto desde o ponto de vista econômico como ambiental.

A polêmica da chegada da Rio Tinto ao país teve uma maior expressão nas últimas horas quando a direção da empresa estrangeira reafirmou não estar disposta a pagar a preço de mercado o alto consumo de energia da planta produtora de alumínio que quer instalar.

Seu diretor de desenvolvimento de negócios, Juan Pazos, disse também que a Rio Tinto não aceita pagar 60 dólares o megawatt/ hora pela energia, apontado como o mínimo e acrescentou aos seus pedidos facilidades de infraestrutura abonadas pelo Paraguai.

Carrillo lembrou que o vice-ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Diego Zavala, figura principal nas negociações por parte do governo, foi no passado recente dono da companhia no país e agora, impulsiona o acordo à qualquer custo.

A multinacional, com objetivo de obter o lucrativo negócio, vai comprar os políticos, os parlamentares e o Poder Judicial para entrar no país, sentenciou ele.

Por sua vez, o engenheiro Ricardo Canese, especialista no tema e também dirigente da Frente Guasú, explicou que aceitar um acordo para a presença da Rio Tinto no Paraguai constitui uma fraude.

A empresa procura roubar ao país através do pagamento de um preço irrisório pela energia com a alegação de que isso justificaria seu investimento, mas também onerará ao tesouro público com o custo das facilidades de instalação, incluindo construção de estradas, portos e uma linha de transmissão de energia de 500 kw.

Fonte: Opera Mundi

Imagem: Radio TV Nuevo Paraguay

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