França celebra o cinema africano

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Em sua 13ª edição, festival reúne produções de 18 países da África

O evento acontece desde o dia 9 na cidade de Besançon, onde nasceu Victor Hugo, um dos mais renomados escritores franceses. Ao todo, 18 países africanos estão representados por 17 longas metragens, seis curtas e 21 documentários.

Realizado anualmente, o evento promove a produção cultural da África no país que concentra o maior contingente de seus descendentes na Europa. A diáspora africana representa 3% da população francesa.

Além das apresentações ao público, o festival premia filmes em diversas categorias, como a “Coup de Coeur du public” (favorito do público), que elegerá o melhor longa de ficção entre 10 produções. O melhor documentário sairá de uma lista inicial com 60 filmes, reduzida a 12 produções por um júri profissional. Já o melhor curta será eleito por representantes da comunidade africana de Besançon entre sete produções.

Esta edição traz também novidades. Pela primeira vez o evento abre a programação para filmes de língua portuguesa vindos de Moçambique, Angola e Guiné Bissau. O 13º festival inclui uma sessão de etnografia durante a apresentação de documentários e filmes que tratam do exílio de judeus da região do Magrebe.

De Chade para o mundo

Destaque entre os longas metragens, “Grigris”, do premiado diretor chadiano Mahamat-Saleh Haroun, será exibido nesta sexta-feira (15). Indicado ao prêmio Palma de Ouro do Festival de Cannes deste ano, o filme relata a história de um jovem de 25 anos que tem uma perna paralisada e sonha em se tornar dançarino profissional.

“Grigris” é um dos títulos de sucesso de Haroun. O diretor nasceu em 1961, um ano após o Chade declarar sua independência da França. Viveu em um cenário de guerra civil entre muçulmanos e cristãos até 1982, quando se mudou para a França. Em território europeu, estudou cinema no Conservatório Livre de Cinema Francês e Jornalismo, trabalhando em vários jornais.

Entre os prêmios conquistados pelo cineasta, está o Festival de Cinema de Veneza, em 1999, e Cannes, em 2010. Haroun foi o primeiro diretor do seu país a vencer a premiação, com o filme “Um homem que Grita”. Como toda sua obra, a produção é repleta de referências sobre a guerra civil no Chade, com destaque para a questão política local.

Fonte: Brazilafrica

Foto: Reprodução

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