Florianópolis e região: A audiência pública que não acontecerá e o Jornal do Ônibus

Na luta para que o transporte seja discutido com quem todos os dias vive os problemas de mobilidade da cidade, o povo.

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Na última semana, estivemos por duas vezes presentes na Câmara de Vereadores de Florianópolis, onde seria votada, em sessão ordinária, a possibilidade da realização de uma Audiência “verdadeiramente” Pública, no Largo da Alfândega, que ocorreria em um final de tarde, horário que a população tenha condições de participar, debater e sugerir um novo modelo de transporte público.

Na primeira sessão, realizada na segunda-feira, os vereadores mostraram desrespeito pela população em geral, militantes de esquerda, representantes do SINTRATURB e demais sindicatos, e Movimento Passe Livre, presentes na sessão. Eles “bancaram peixe escorregadio” e saíram sem votar uma ação positiva e transparente. Durante a sessão foi nítido o “tabu” que veste a temática entre os vereadores de nossa cidade. Após um telefonema do secretário pedindo a não realização da audiência pública, surgiram desculpas como: custos de uma audiência (foi lembrado durante a sessão que a ação “Prefeito no Bairro” custa R$34.000,00 para os cofres da cidade em cada edição), medo de tumultos e desculpas de que a população não entendesse os termos técnicos do edital foram usados em defesa da não realização da audiência.  Saímos de lá com a votação adiada para terça-feira, 17 de setembro.

Na terça-feira, o desrespeito virou uma cena burlesca. Assistimos 4 dos vereadores que solicitaram o requerimento se arrependerem de seu ato favorável à audiência pública  e se absterem ao voto. 14 vereadores disseram não e apenas 4 foram favoráveis à transparência na licitação. Chega a ser incompreensível porque tanto receio em discutir com a população um edital.  Qual o problema de disponibilizar para os verdadeiros usuários do transporte público como a licitação será realizada? Afinal, serão estes os diretamente afetados com as decisões tomadas. Mais uma vez, o Prefeito César Souza e a grande maioria dos vereadores na Câmara deixaram claro que entendem mesmo é de ignorar a voz e os desejos  das ruas.

“Não queremos concessão! Nós queremos a TARIFA ZERO! Queremos um transporte verdadeiramente público e fora da iniciativa privada. Exigimos que nosso direito de circular pela cidade deixe de ser controlado por meia dúzia de empresários.”

Assim, na quinta-feira à noite nos juntamos aos sindicatos e a outros movimentos sociais para conscientizar a população do ilícito e mafioso processo licitatório que está ocorrendo em nossa Florianópolis. Leia o Jornal do Ônibus, produzido pelos sindicatos e movimentos sociais, que foi distribuído durante este ato em frente ao TICEN. É só clicar aqui: Jornal do ônibus.pdf

Fonte: MPL Floripa

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