No dia 24 de outubro, artistas como Pereira da Viola, Sérgio Pererê, Titane, Wilson Dias, Celso Moretti e seus convidados, se apresentam no Armazém do Campo, em Belo Horizonte. Entendendo a cultura como parte da disputa política, artistas mineiros se colocam à frente da resistência para criar os acordes que representam a atualidade.
Para Pereira da Viola, “é importante produzir uma música que dialogue com o que estamos vivendo, propondo novos conceitos e novos horizontes em um processo de libertação humana, para falar diretamente no coração das pessoas. Neste período de eleições, viemos demarcar território, sabemos para que serve a música que fazemos”.
A ideia é que as canções tragam os sonhos e a síntese dos sentimentos do povo trabalhador. E relembrem as utopias de transformação da sociedade, para recobrar a esperança. “O Festival visa um diálogo do MST com vários compositores. É uma semente que estamos lançando nesse momento tortuoso da política do país. A gente acredita que a arte é um veículo poderosíssimo de transformação, de fortalecimento da consciência e ao mesmo tempo é um sopro de esperança pro nosso povo”, explica o cantor Sérgio Pererê.
São 15 artistas diferentes, que irão tocar das 18h às 00h. Além disso, haverá intervenções poéticas com Bim Oyoko e a Performance Academia Transliterária.
“Esse Festival surge com o propósito inicial de construirmos de forma coletiva um lugar em que a gente possa dialogar com as novas linguagens artísticas e com a criação, que tem um potencial de transformação muito grande, que muitas vezes não tem um lugar para desaguar”, explica Pereira da Viola.
A cultura é um dos alicerces do Armazém do Campo BH, que além de trazer alimentos agroecológicos da luta pela terra, oferece aulas de capoeira, de forró e a Cultura na Sexta, projeto que se propõe a “alimentar a alma” com música ao vivo, toda sexta-feira. Por isso, nesta quarta-feira será inaugurado o quintal do Armazém, onde todas essas atividades poderão ser ampliadas.
Em meio às energias da místicas militante e do amor, o Armazém do Campo convida a todos e todas para desfrutar livremente da arte que se coloca contra o fascismo e o retrocesso. A entrada é gratuita.