Por Débora Torres
Começa no próximo dia 24 de agosto e vai até 2 de setembro o Festival Santista de Teatro [FESTA 60], celebrando seis décadas de existência e trazendo programação gratuita, com 20 espetáculos de seis estados e muitas atividades que contemplam diversas linguagens artísticas, debates e intervenções.
O tema deste ano é “Mulheres em Cena: Da luta de Pagu aos dias de hoje”. A proposta é dialogar sobre a atualidade da vida e obra de Pagu, Patrícia Galvão (1910-1962), que além de autora, diretora e cronista também foi militante política e criadora do festival. Evento aliás que sempre se coloca a discutir e pautar reflexões sobre as artes e as políticas culturais.
A abertura ocorre no Teatro Coliseu, dia 24 de agosto, sexta-feira, às 21h, com “A Vida em Vermelho – Brecht & Piaf”, com Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto e direção de Bruno Perillo.
A programação oficial esta dividida em três módulos. O primeiro módulo conta com a Mostra Regional. São nove produções da baixada santista que foram selecionadas por meio de curadoria coletiva . Na sequência vem as mostras Estadual e Nacional, que contemplam, respectivamente, seis e quatro espetáculos.
A ocupação de espaços alternativos e da própria rua como espaço cênico já são marcas do festival e permanecem também nesta edição.
Oficinas
Serão oferecidas três oficinas: Interpretação, com Fernanda Azevedo; Direção, com Georgette Fadel e Interpretação Melodramática, com Fabíola Morais. São 20 vagas para cada atividade.
As inscrições para as oficinas devem ser feitas por e-mail . Os interessados podem se inscrever pelo e-mail [email protected], enviando nome da atividade que deseja participar, nome completo, telefone para contato e cópia do RG e do comprovante de residência.
Programação das oficinas
SÁBADO E DOMINGO, 25 E 26 DE AGOSTO, DAS 9H ÀS 12H – CENTRO CULTURAL CADEIA VELHA – CELA 4
[OFICINA DE INTERPRETAÇÃO, COM FERNANDA AZEVEDO] |
“As Mulheres e os Silêncios da História” pretende, através de estímulos teatrais (em especial do teatro documentário), literários e recursos audiovisuais, discutir algumas ferramentas necessárias para que as mulheres percebam, assumam o protagonismo e escrevam suas próprias histórias – confiantes de que podem, a partir de suas experiências pessoais, ampliar o debate sobre a opressão contra as mulheres, passando da esfera privada e íntima para o espaço público.
TERÇA E QUARTA-FEIRA, 28 E 29 DE AGOSTO, DAS 10H ÀS 13H – CENTRO CULTURAL CADEIA VELHA – CELA 4
[DIREÇÃO, COM GEORGETTE FADEL] | OFICINA
“A Mulher na Direção Teatral” visa proporcionar o exercício do pensamento crítico e permitir a sensibilização, através de meios artísticos, para as questões relacionadas a questão de gênero. Através de uma ressignificação simbólica que a arte é capaz de provocar, a oficina visa a capacitação das mulheres para a compreensão da situação específica de desequilíbrio de gênero, gerando alternativas de comportamento. Público alvo: Mulheres, atrizes, estudantes de artes cênicas.
SÁBADO E DOMINGO, 1 E 2 DE SETEMBRO, DAS 10H ÀS 13H – CENTRO CULTURAL CADEIA VELHA – CELA 4
[INTERPRETAÇÃO MELODRAMÁTICA, COM FABÍOLA MORAIS] | OFICINA
O workshop, destinado a atores e estudantes de teatro, tem por objetivo propiciar uma introdução à interpretação melodramática. Nascido na França no século XIX, o melodrama fez um estrondoso sucesso, trazendo à cena os grandes sentimentos humanos. A presença cênica, a dose certa do exagero, o corpo ampliado, a gestualidade e procedimentos do teatro popular são ferramentas preciosas para o artista da cena, que pode valer-se delas inclusive em outras estéticas.
A programação com locais e horários das apresentações você confere aqui.