Já passam de 65 os mártires palestinos, neste ano, provocados pelas forças armadas da ocupação colonial judaico-israelense e por sua milícia fascista composta por colonos judeus extremistas, realizadores de PROGROMS em toda a Palestina. Os feridos e mutilados ascendem às centenas e a destruição de patrimônios públicos e privados palestinos já provocaram prejuízos de dezenas de milhões de dólares.
Tudo isso diante do silêncio cúmplice da chamada “Comunidade Internacional”, a ONU neste corolário, e, também, sob o olhar complacente do chamado “mundo árabe”, que, quando muito, se limita às notas protocolares de condenação, não raro mais favoráveis aos assassinos judeufascistas do que às suas vítimas, o povo palestino, e somente o fazendo o silêncio obsequioso não é possível.
Este banho de sangue é a continuação lógica do plano sionista de extermínio do povo palestino e de tomada de toda a Palestina, bem como de vastas áreas de quase todos os países da região, iniciado, como ideia, em “O Estado Judeu”, de Theodor Herzl, e como plano com o 1° Congresso Sionista, em 1987, em Basileia, Suíça, presidido exatamente pelo autor da obra que prometia a limpeza étnica da Palestina e sua substituição por colonos euro-judeus.
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Sua execução, promovida pelo império colonial britânico já a partir de 1917, com a ocupação militar da Palestina, e a partir de dezembro de 1947, com o início da execução da limpeza étnica pelas gangues armadas euro-judaicas sionistas, é o que segue até hoje em Jerusalém, Nablus, Jenin, Ramallah, Gaza e em toda a Palestina, de norte a sul, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.
A luta do povo palestino por sua libertação nacional e pelo fim do regime de ocupação e de
apartheid, promovido pelos estrangeiros euro-judeus, é um direito inalienável, consagrado na Carta das Nações Unidas, em suas resoluções e no Direito Internacional. Nada ou ninguém pode negar este direito do povo palestino.
Nem mesmo acordos e negociações para pôr fim ao banho de sangue que sofre o povo palestino devem ser freios ao direito à resistência contra a opressão colonial israelense, contra sua política de terrorismo que visa afugentar a população palestina, seus racismo, ódio, intolerância e experimento social genocida, que hoje faz quase toda a sociedade dita israelense, da “esquerda” à “direita” – como se houvesse alguma diferença entre estes espectros, quando se sabe que ambas as polaridades políticas são responsáveis pela catástrofe palestina, a primeira antes que a segunda – implicada nesta engenharia de morte em escala industrial na Palestina.
É preciso afirmar, com todas as tintas e letras, que o povo palestino tem o direito sagrado à reação frente a estes crimes. Uma reação concreta, contra inimigo real, o projeto colonial denominado “Estado de Israel”, em todas as suas formas, com os colonos euro-judeus fascistas e sanguinários a parte mais visível da obscenidade degenerada que é o regime israelense.
O direito de reação é pela existência mesma do povo palestino em sua terra milenar. É contra uma invasão de estrangeiros que não têm nenhuma ligação com a Palestina. É contra uma monstruosidade equiparável às maiores abominações conhecidas, desde os crimes coloniais aos crimes contra a humanidade havidos na Europa nas primeira e segunda guerras mundiais, passando pelo apartheid na África do Sul e pelos genocídios contra os povos originários nas Américas, África, Ásia e Oceania.
Ninguém mais que o povo palestino deseja e busca uma solução pacífica, justa e abrangente para a Questão Palestina (desde a existência de um Estado Palestino, com Jerusalém sua capital, ao retorno de todos os refugiados palestinos), mas o direito sagrado à resistência não pode ser mitigado, pois, sem ele, a própria ideia de uma solução se perderá.
É preciso frisar, ademais, que o direito à resistência alcança a totalidade do povo palestino,
em toda a Palestina Histórica, nos países vizinhos em que vive o refúgio e no restante do mundo, em que as diásporas organizam a defesa de uma Palestina Livre do sionismo, de seu regime de Apartheid, de todos os seus crimes.
Todo apoio ao nosso povo em sua luta legítima e gloriosa contra a ocupação sionista da Palestina. Todo apoio ao nosso povo na luta contra os assassinos euro-judeus denominados
“colonos”, que devem ser enfrentados em cada polegada da Palestina, até sua libertação.
Ao mesmo tempo, apelamos à Comunidade Internacional, especialmente aos membros do Conselho de Segurança da ONU, e com mais ênfase aos irmãos árabes, que saiam da letargia e condenem Israel por sua selvageria na Palestina, com ações concretas e não apenas com palavras.
Também apelamos a todos os povos, países e seus governos, o Brasil dentre eles, para que assumam suas responsabilidades frente ao Direito Internacional e condenem Israel por seus crimes de lesa-humanidade.
Por fim, mais do que condenar, é preciso que Israel sofra as consequências legais por seu genocídio na Palestina, com até mesmo sua exclusão da ONU e de todos os organismos e fóruns internacionais. Pedimos que governos, organizações e cidadãos promovam o Boicote, Desinvestimento e Sanções ao Apartheid de Israel, até que acabe com a ocupação da Palestina. Se ação global idêntica contribuiu para acabar com o abjeto regime de segregação racial na África do Sul, será assim que acabaremos com o apartheid e a limpeza étnica na Palestina.
Palestina Livre a partir do Brasil, 27 de fevereiro de 2023, 75° ano da Nakba.
Federação Árabe Palestina do Brasil
Um milhão de vivas à luta do povo palestino. Exemplo de resistência e combatividade. Torço muito pela vitória dos companheiros sobre a colonização mais bárbara já vista desde o genocídio dos povos originários nas Américas.