Federação Internacional denuncia violações trabalhistas na Prosegur

    prosegurEstudo inédito realizado pela UNI aponta violações dos direitos humanos no Prosegur. A empresa, uma das maiores do mundo no setor, concorre para fazer a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro

    A Federação sindical UNI Global Union, que representa 900 sindicatos em todo o mundo, denunciou ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos – Rio 2016, graves violações dos direitos humanos e da legislação trabalhista na empresa de segurança Prosegur. A empresa concorre a contratos milionários para a prestação de serviços de segurança durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

    A Prosegur é uma das líderes mundiais do setor de segurança e a maior empresa de segurança privada do Brasil. “Em vários países da América Latina, a Prosegur está comprometida a acabar com os sindicatos que representam seus funcionários”, alerta a Chefe de Departamento da UNI, Alice Dale. “A Prosegur violou os padrões internacionais de direitos humanos de seus funcionários, como também a legislação nacional e os compromissos de responsabilidade social empresarial”.

    O dossiê, intitulado “Violações de Direitos Humanos na Cadeia Produtiva: um estudo da Prosegur na América do Sul”, apresenta exemplos de casos em que a empresa foi condenada por violações aos direitos humanos e à legislação trabalhista. “Na Colômbia, por exemplo, a Prosegur violou sistematicamente a legislação trabalhista”, comenta Alice.

    A UNI Global Union está sediada na Suíça e, no Brasil, tem entre seus filiados a CNTV-CUT, que representa mais de 600 mil agentes de segurança. A Federação enviou Alice Dale com o objetivo de entregar o dossiê às autoridades responsáveis pela organização dos grandes eventos esportivos. “Estamos alertando a sociedade brasileira sobre as sistemáticas violações à legislação, praticadas pela Prosegur no Brasil e em outros países da América do Sul”, disse Alice.

    No Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, a delegação da UNI foi recebida pelo Diretor de Relações Institucionais dos Jogos Olímpicos, Agemar Sanctos, que recebeu o dossiê e comentou: “Os Direitos Humanos e as convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho precisam ser respeitados pelas empresas que vão trabalhar conosco. Não queremos problemas como esse durante os Jogos Olímpicos”.

    A delegação da UNI também entregará o dossiê ao Ministério da Justiça, ao Ministério dos Esportes e à Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

    Fonte: UNI Global Union.

    1 COMENTÁRIO

    1. Trabalho na Prosegur – DIGIPRO-PENHA – As condições de trabalho neste local são péssimas. Viveu-se até pouco tempo em regime fechado como se estivesse em um sistema prisional.

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