Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
Eu te perdi, mais um pouco, na pandemia, minha liberdade.
Os dias parecem noites das mais compridas que já tive.
Eu te perdi um pouco por dia, naqueles versos que fiz, sem rima, de pouca vida.
Sigo te encontrando e perdendo. É uma rua injusta e um céu brilhante. Não entendo pois não o alcanço.
Te perco e te acho faz tempo. Um dia te tomo, de vez, pra sempre. Te envolvo no meu abraço e esqueço de te perder de novo. Se fosse um poema só de amor diria: te amo e: não morra por aí sem antes eu te amar.
Te encontro pouco. Agora, menos ainda. Procurando-te naquelas mãos nas ruas, te via na porta do banco, deitada na calçada, nossa, quantas vezes te vi assim. Era quando finalmente te trazia pra mim.
Não quero ser dura nem pessimista. Quero de volta, manhãs e noites. Terei. Não vai demorar, a gente já começa a enxergar um sol. Vou sentar aqui, tudo bem? Até isso tudo passar estarei trabalhando para te encontrar.
*Poema para a liberdade, que um dia chegará para todas e todos nós.
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Claudia Weinman é jornalista, vice-presidenta da Cooperativa Comunicacional Sul. Militante do coletivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR).
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