“Eu me senti exposta”, diz professora criticada em vídeo do prefeito João Rodrigues

Reprodução

Na última semana, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, publicou vídeo em seu perfil no Instagram com a legenda “Determinei o afastamento imediato”. A publicação, que alcançou 170.680 visualizações, trata de uma manifestação pública contra o comportamento de uma professora da rede pública municipal, nas mídias digitais.

Marian Suelen Câmara, a professora citada no vídeo, publicou uma foto sua com o texto: “Bom dia caros eleitores” Nunca foi tão propício para ser uma prof de esquerda que doutrina criancinhas, desviando elas da família tradicional brasileira!!!”

Captura de tela

O parlamentar afirma que recebeu a publicação através de pais, argumenta que as ideologias políticas de esquerda ou direita devem ser deixadas fora das salas de aula e por fim, destaca que em seu mandato irá proteger as crianças.

Nesta segunda-feira (18) sindicato dos professores da Universidade Federal da Fronteira Sul manifestaram solidariedade a professora em nota publicada. Na íntegra:

“Os professores da UFFS reunidos em assembleia vem, por meio da presente manifestação, prestar solidariedade à Professora Mailan Suelen Câmara, da rede municipal de ensino de Chapecó. A referida docente vem sendo alvo de perseguição e assédio moral em função de suas posições políticas, externadas sob a forma de sátira, em suas redes sociais. Entende-se que as postagens da Professora Mailan Suelen Câmara estão em conformidade com o direito à Liberdade de Expressão, assegurado no Artigo 11 da Constituição Federal, e a retirada do referido material de seu contexto está sendo utilizada como artifício para perseguição política à servidora.

Assim, manifestamos ainda nosso repúdio à medida de afastamento e abertura de sindicância contra a docente, determinados pela Prefeitura de Chapecó, pelas razões acima mencionadas.”

No JTT-Manhã Com Dignidade, entrevistamos a professora, Mailan para falar sobre o assunto. Tendo em vista o contexto eleitoral, ela entende que foi utilizada como exemplo para que outros professores/as deixem de exercer seu direito de livre expressão quanto suas percepções ideológicas.

A entrevista completa você acessa, aqui:

 

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