Por Roberto Liebgott, para Desacato.info.
Corpos, tambores, violões, marcas, sons, cânticos, ritos, ritmos, danças e discursos revolucionários.
Tudo bem articulado, numa composição de expressões, gestos e palavras cativantes.
Sincretismo entre espiritualidades, ancestralidades, revelações místicas por dentro das políticas.
É o novo tempo, uma comunhão de fatores e perspectivas nos espaços de fala das causas de vida.
Interesses e projeções personalíssimas em lugares, onde, antes, não eram referidas e referidos.
Tempo de serem ouvidas e ouvidos nas pautas originárias, territoriais ambientais, de gênero e contra o racismo.
Estética do encantamento, exposição marcadora de representações, daquelas e daqueles invisibilizados.
Mas, a estética, embora fortaleça, encoraje e de sentido, não transforma às realidades de negação dos direitos.
Não estanca o sangue que escorre do peito de quem lutou ou luta por terra, pão e liberdade.
Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.
Obs.: a opinião do autor não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.