Bolsa da China despencou 8,46% nesta segunda-feira (24/08), na maior queda diária desde 2007. Com o resultado, bolsas de valores ao redor da Ásia foram sentidas nesta manhã.
Acredita-se que o motivo da queda venha do fato de que o governo chinês não anunciou nenhum grande estímulo durante o fim de semana para sustentar as ações, como era esperado por investidores após a queda de 11% da semana passada.
EFE
Bolsa de Tóquio é arrastada com queda chinesa
A Bolsa de Xangai liderou a queda. O índice composto caiu 8,49%, a 3.209,91 pontos, depois de perder 9% durante a sessão. Já Shenzhen, a segunda maior da China, registrou queda de 7,70%, a 1.882,46 pontos.
Preocupadas com a desaceleração da economia chinesa, apesar dos esforços das autoridades para tentar tranquilizar os investidores, as bolsas asiáticas acompanharam a queda, como Tóquio (-4,61%), Taiwan (-4,84%), Seul (-2,47%) e Sydney, que perdeu 4,09%, o menor nível em dois anos.
“Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis”, afirmou o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai, à Reuters.
Instabilidade chinesa
No mês passado, o mercado de ações da China teve a pior queda em oito anos, chegando a despencar mais de 8%. Além disso, em junho, as ações chinesas desvalorizaram 30%, fazendo com que o governo interviesse com mais força nos mercados.
No início de 2015, houve um aumento no volume de negociações muito grande, em uma estratégia definida pelo governo para supervalorizar as principais bolsas e usá-las para induzir o crescimento econômico.
Entretanto, como no país há cerca de 90 milhões investidores individuais, em grande parte amadores e sem conhecimentos financeiros, o mercado de ações acabou se tornando muito instável e volátil.
Além da queda nas exportações, no primeiro trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) chinês avançou 7%, o pior ritmo em 6 anos.
Fonte: OperaMundi.
