Ele vem para quebrar tabus: almanaque feminista será lançado hoje

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Por Paula Guimarães.

“Não sou feminista, sou feminina”, “não sou feminista e nem machista” é comum escutar essas frases em rodas de conversa. Quebrar esses e outros tabus relacionados ao feminismo é a proposta do Almanaque D’Elas, publicação da Rede Feminista de Saúde, que será lançado no Museu Histórico de São José/SC, hoje, às 20h30. O evento é uma parceria entre a prefeitura municipal de São José e a Casa da Mulher Catarina, entidade que representa a rede no estado. A publicação também tem versão eletrônica, disponível no site da rede www.redesaude.org.br.

“Com uma linguagem leve, simples e divertida, o almanaque converte-se no gênero ideal para expressar as ideias do movimento feminista, superando a marcar imposta sobre nós de que somos intransigentes, agressivas, ‘mal amadas’. Esses estigmas que a sociedade patriarcal insiste em propagar para abafar o sentido libertário de nossa luta”, explica Clair Castilhos, secretaria executiva da rede.

A publicação integra a campanha do Fundo Elas “Ah…Então sou Feminista!”, nome que faz referência à ideia de que todos somos feministas, mesmo que ainda não saibamos. “A ideia é que ao final da leitura, a leitora e o leitor cheguem a essa conclusão”, afirma Clair.

A Rede Nacional Feminista de Saúde, sediada em Florianópolis, é uma articulação política do movimento de mulheres, composta por oito regionais organizadas pelo país.  Há 24 anos, atua na defesa da saúde integral das mulheres e dos seus direitos sexuais e reprodutivos e do Sistema Único de Saúde público, universal e de qualidade, acessível a todas as mulheres. É filiada à Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe (RSMLAC) e à Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos.

O que são direitos sexuais e reprodutivos
Ainda pouco compreendidos pela sociedade em geral, os direitos sexuais são direitos humanos das mulheres, afirmados em tratados e convenções internacionais. “Direitos reprodutivos são os direitos das mulheres de regularem sua própria sexualidade e capacidade produtiva, bem como exigir que os homens assumam suas responsabilidades pelas conseqüências do exercício de sua própria sexualidade”, explica a secretária no texto do almanaque “As mulheres e os direitos reprodutivos”.

Recentemente, a Rede Nacional Feminista de Saúde passou a compor o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). Está presente também, entre outras representações, no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (CNDM) e Conselho Nacional da Saúde (CNS).

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