Editorial

Florianópolis, 19 de outubro de 2014.

Que tarefa nos espera a partir do dia 27 de outubro?  Que Brasil resta da polarização eleitoral do sistema democrático representativo? A votação refletirá o pensamento da população ou será a resultante dos monopólios da comunicação? Vencerá o trabalhador que produz a riqueza o vencerá a destreza marqueteira? Voltará o inverno de 2013 no verão 2014/2015?

Milhares de perguntas podemos nos fazer a partir do apito final das eleições 2014. Algumas respostas negativas estão dadas. A composição avançadamente retrógrada, despreparada, empresarial, fundamentalista, apátrida, que ocupará o Congresso Nacional diz bastante sobre o que há para se fazer. O congresso brasileiro segue a onda conservadora que estampam gratuitamente as capas dos jornais.

Não adianta que setores da esquerda reivindiquem alguma vitória aqui, um crescimento eleitoral lá. Os grupos conservadores, até com requintes fascistas, cresceram no Brasil e ganharam a eleição parlamentar. É no legislativo onde se fabricam projetos que destroem o tecido social, cristalizados nos tribunais de injustiça de selo monárquico e hereditário que não derrotou a democracia representativa. Cômicos, atletas, pastores enfurecidos e católicos recalcitrantes, militares fortalecidos; isso tudo deverá resistir o Povo mais pobre. A classe média meia-boca continuará consumindo até o endividamento atroz e retornará tardiamente à realidade.

Será a sociedade consciente e mobilizada, seja qual for o resultado do dia 26, que deverá construir outro Brasil, com uma Reforma Política profunda, que livre o maior país da Nossa América Latina e Caribenha do levantamento de um subimpério a domicílio que destrua a construção que vem fazendo, com doação de vidas e ideias, boa parte da região.

Há tarefa a partir do dia 27 é o grande desafio histórico: derrotar o imperialismo, o capitalismo e as oligarquias que os representam, acabar com as fábricas transnacionais da miséria e da morte.

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