É preciso revidar!

Por Maria Inês Chaves Preza Freitas.

Nestes últimos dias temos visto grupos de nazifascistas atacando a caravana de Lula e do PT, no sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (hoje encerrada neste estado, na capital Curitiba), gritando “Morte a Lula!”, “Fora PT!”. São grupos da canalha da elite brasileira nazifascista que, na manifestação reacionária de apoio a um juiz também fascista, cínico, mentiroso, Sérgio Moro, canta o hino nacional fazendo uma saudação fascista.

O pior é que as polícias estaduais nada fizeram de eficaz contra as gangs. O que é certo é que não deram cobertura à caravana, na medida que mesmo diante do apedrejamento dos ônibus, inclusive de um ônibus de turistas, a agressão à uma militante por cinco homens, apenas se limitaram a acompanhar os bandidos armados de paus, pedras, revólveres, pregos para furar pneus. Foi a inércia policial diante de bandos nazifascistas organizados que levaram a cabo ações armadas contra a caravana de Lula.

O plano de eliminar fisicamente o ex-presidente não foi um ato isolado. Partiu do mesmo setor de manifestantes que desde 2016 vem golpeando a democracia brasileira. Partiu da mesma escória que, lançou as palavras de ordem do golpe contra a presidenta Dilma naquele fatídico dia 31 de agosto de seu impeachment. Partiu dos mesmos nazifascistas que nas ruas das cidades brasileiras procuram aterrorizar as organizações e militantes socialistas, sindicalistas e democratas, inclusive matando a vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro.

Numa palavra: o golpe de 2016, o ataque terrorista à caravana de Lula foi, apenas, um passo na escalada das forças fascistas, contra tudo o que seja organização dos trabalhadores e símbolo do socialismo democrata.

Neste momento de crise aguda, política, social e econômica, a burguesia concentra todas as suas forças para fazer virar mais à direita o barco da nação brasileira. Os políticos da direita querem roer ao máximo as liberdades sindicais e os direitos dos trabalhadores.

O PSDB, o DEM, o PMDB cada vez mais raivosos, no edifício governamental, estão mais e mais abalados pela corrupção, pela inconsequência política. Toda a direita incita a uma intervenção mais direta, nos direitos dos trabalhadores. E, ao mesmo tempo, insinuam na calada da noite, que se essa solução não resultar, um golpe militar seria o próximo passo!
É nestas águas turvas que se mexem as forças fascistas, como peixe na água, procurando reforçar-se pelo êxito das suas ações de banditismo. Mas, seja qual for a sua arrogância, elas são ainda uma pequena fração das forças reacionárias. É possível isolá-los, politicamente e vencê-los!

Isolá-los pela ação das massas que responda à crise. Pela ação unida dos trabalhadores, pela sua resistência de massas, por comitês de autodefesa, por grandes jornadas de luta que imponha à ofensiva capitalista uma alternativa operária, socialista e democrática.
Os cogumelos fascistas nascem da podridão da política burguesa financeira. É preciso que as organizações políticas e sindicais dos trabalhadores, acabem com essa podridão para que os cogumelos não possam crescer! Por isso, apelamos a todos os partidos de esquerda, a todos os sindicatos, às associações sindicais, para que convoquem uma grande manifestação de massas, contra o avanço da direita e as ameaças dos bandos fascistas.

Mas, não será só isso que parará os ataques dos salteadores fascistas.

Também, nem a polícia nem os tribunais já também corrompidos poderão curar os companheiros feridos, o povo pobre diariamente agredido, ou evitar o clima de terror que esta escória pretende impor.

Para isto só pode haver uma solução: a autodefesa dos sindicatos, das organizações operárias, dos militantes dos partidos com seus comitês de autodefesa.

Os bandos fascistas pretendem crescer, graças aos seus argumentos de força. É preciso impedi-los de continuarem com as suas proezas.

Só pela unidade das forças de esquerda, poderemos impor os nossos direitos democráticos nas escolas, faculdades, nas empresas e nas ruas.

Só pela autodefesa da massa trabalhadora, operária, poderemos evitar que cada dia que passa seja uma nova agressão da extrema-direita.

2 COMENTÁRIOS

  1. Muito complicada a posição da articulista, conforme expressa no título. E a foto usada pra ilustrar o artigo não ajuda (parece coisa da Veja). Se a esquerda resolver partir para um conflito físico com a extrema-direita, ainda que isso não resulte numa guerra civil, seria como pretexto para cancelamento das eleições e para um acirramento das violências contra a esquerda. A gente precisa é fazer grandes manifestações, para cobrar dos governos a defesa do estado democrático de direito, com a identificação e punição dos fascistas.

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