O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, embaixador do Turismo de Jair Bolsonaro, e o irmão, Assis, foram liberados nesta quinta-feira (5) da custódia em que estavam mantidos em uma suíte presidencial em resort de luxo no Paraguai após entrarem no país com passaportes falsos.
O Ministério Público do Paraguai informou que não vai indiciar Ronaldinho e o irmão porque eles admitiram o erro e, assim, a promotoria entendeu que eles “foram enganados em sua boa fé”. Segundo advogados, o ex-jogador deve voltar ao Brasil nesta sexta-feira (6).
Em meio às investigações, o diretor geral de Migração do Paraguai, Alexis Penayo, pediu demissão do cargo. Ele recebeu críticas pelo fato de o Departamento de Migrações não deter os brasileiros ainda no Aeroporto Internacional de Luque — o principal terminal paraguaio.
O diretor reconheceu que um funcionário deixou Ronaldinho e o irmão passarem, mas criticou “a falta de apoio dos superiores” e a cobrança às autoridades migratórias.
“Ninguém pergunta quando esse passaporte foi solicitado, quem pagou e quem entregou”, criticou Penayo.
De acordo com o jornal “ABC Color”, as autoridades migratórias avisaram a Polícia Nacional e o Ministério do Interior logo após constatarem as irregularidades. Porém, os dois órgãos só agiram depois de 12 horas dessa comunicação.
Empresário
A promotoria acusou três pessoas no caso: o empresário Wilmondes Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável pelos documentos falsos, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero — as duas seriam as verdadeiras donas dos passaportes e carteiras de identidade adulterados, segundo o MP.
O MP pediu a prisão preventiva de Wilmondes. Ele foi acusado especificamente por produção de documentos não autênticos, uso de documentos públicos de conteúdo falso e falsidade ideológica.
Brasileiro, Wilmonides mora em Brasília e seria dono de três empresas, todas elas com sede na capital federal.
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