Direita reage ao plebiscito. Vem batalha aí

poder emanaPor Fernando Brito.
Já começaram as reações hostis à decisão da Presidenta Dilma Rousseff de colocar o povo no centro das decisões sobre as mudanças no país.
O ex-presidente do Supremo, Carlos Velloso, chamou de disparate a ideia de uma constituinte exclusiva, cuja convocação seria decidida por plebiscito.
Curioso é que ele nunca hesitou em legislar no STF, sem voto nenhum.
Há previsão constitucional do plebiscito, mas é fora de dúvida que a questão vai acabar sendo decidida no Supremo. E ficará a ele a decisão de permitir ou não que o povo exerça sua soberania.
O homem do chapeuzinho, Reinaldo Azevedo, já disse que a “ torção à esquerda do processo político”.
Taí… Vamos lá na rua, meter fogo em tocha e sapatear sobre o Congresso. É um convite e tanto para um “by pass” no Parlamento , sob aplauso de muita gente que deveria estar pedindo para aquela gente descer de lá.
E tome pau no financiamento público de campanhas e na possibilidade – fantasmagórica – que que o controle da mídia esteja embutido na reforma política.
A mídia também vai ficar numa sinuca de bico.
Se a “classe política” é imprestável, se o Congresso perdeu legitimidade, se o povo tem razão em dizer que “eles não nos representam”, como ficar contra o direito do povo de escolher representantes para mudar as leis de organização política que nos levaram a este quadro de esvaziamento das instituições?
É curioso: todos são contra os privilégios. Os dos outros, claro, não os seus próprios privilégios.
Quer dizer que o povo pode pedir mudança nas ruas, mas não pode pedir nas urnas?

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.