Depoimento de Coronel Lima é adiado; PF tenta ouvi-lo há nove meses

O ex-coronel João Baptista Lima Filho passou mal ao ser preso ontem (29). Defesa apresenta atestados desde junho do ano passado alegando que a saúde de Lima o impede de prestar depoimento.

Após passar mal ao ser preso na Operação Skala, deflagrada ontem (quinta, 28) pela Polícia Federal (PF), o ex-coronel João Baptista Lima Filho não prestará depoimento nesta sexta (29). A PF esperava ouvi-lo ainda esta tarde, mas a defesa alega que o coronel não está em condições de físicas e psicológicas para prestar depoimento. Os advogados afirmam que ele prestará depoimento quando “apresentar melhora do quadro clínico”.

A PF tenta intimá-lo a depor desde junho do ano passado, mas a defesa apresenta atestados médicos alegando que Lima não tem condições de comparecer aos interrogatórios. Ainda não há data para um novo depoimento.

Segundo o advogado Cristiano Benzota, Lima ficou em silêncio e negou todas as acusações que são feitas contra ele. “Ele assumiu o compromisso de prestar depoimento em data futura a ser agendada com a Polícia Federal”, disse.

Ontem, ao ser preso, Lima teve uma crise de pressão alta e pico de glicemia, e teve de ser hospitalizado. Durante a manhã, Lima recebeu a visita de seu advogado na sede da PF em São Paulo, onde ele cumpre a prisão temporária até a próxima terça-feira (3).

O ex-coronel e Temer são amigos há quase três décadas. Recaem sobre Lima as suspeitas de que ele arrecadava propinas no esquema do Porto de Santos há cerca de 20 anos e a reforma feita pela esposa de Lima na casa de uma das filhas de Temer, em 2014, tenha sido paga com dinheiro de corrupção. A arquiteta Maria Lúcia Fratezi, a esposa e sócia de Lim, prestou depoimento à PF hoje e negou conhecimento ou envolvimento em ilicitudes.

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