Delegado afirma que Polícia Federal não vai entrar no Sindicato dos Metalúrgicos

Lula aparece na janela do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e acena ao povo

Em coletiva à imprensa em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, o delegado Luiz Baldens afirmou que os agentes federais não devem entrar no Sindicato dos Metalúrgicos.

Segundo o delegado, entrar no sindicato depois das seis da tarde seria ilegal já que o local “foi apontado como um dos domicílios” do ex-presidente, em alguns processos.

“Ele apresentou o sindicato como domicílio. Está no código de processo penal; não se pode cumprir mandados em geral, de busca e de prisão, dentro de domicílios. Isso é ilegal. E tem a definição de “dia” que é jurisprudencial né, de seis a seis (6hs às 18hs), do surgimento do sol até o por do sol”, explicou.

De qualquer forma, segundo o delegado, Lula pode se apresentar à Polícia Federal de São Paulo, ou do Paraná, mesmo passado o prazo. No entanto, advogados do ex-presidente afirmam que ele vai permanecer no local (saiba mais aqui).

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, afirmou na tarde desta sexta-feira (6) que o ex-presidente não afrontou uma decisão judicial ao não se apresentar à Polícia Federal até o prazo estabelecido pelo juiz federal Sergio Moro.

“Moro deu a opção de ir a Curitiba. Lula não exerceu a opção. Vou ficar num lugar público, num lugar que é símbolo de luta, como é esse sindicato. Estamos aqui sob o olhar do mundo, não há que se falar em afronta de decisão judicial”, disse a senadora petista.

Ela afirmou ainda que Lula se encontra em local “público e reconhecido”. “Aquele juiz de Curitiba, o Sergio Moro, esse mesmo movido pelo ódio, deu ao presidente Lula a opção de ir a Curitiba. O presidente Lula disse não. Disse: ‘Vou ficar em um lugar público, junto ao povo’. Está em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos, lugar público e reconhecido.”

Segundo a presidente do partido, o objetivo de Lula não era afrontar. “Mas não esperem que caminhemos de cabeça baixa para o brejo, como gado para o matadouro.”

Gleisi afirmou que o ex-presidente recebeu o apoio de mais de 50 deputados federais e pessoas do meio cultural, artístico e religioso. “Tudo isso para mostrar para o Brasil que estamos ao lado da maior liderança popular que esse país já teve. É aqui que ficaremos. É aqui que o presidente está e é aqui que ficaremos, para mostrar ao Brasil que a gente sabe que tem que ter luta”, afirmou Gleisi.

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