A defesa de Lula apresentou, nesta quinta-feira (12/02), uma série de fatos graves identificados nas mensagens de Sergio Moro, então juiz, com procuradores da Lava Jato de Curitiba.
Enviada ao ministro Ricardo Lewandowski, a petição diz que os diálogos mostram que houve ocultação de provas da inocência do ex-presidente, inclusive com adulteração de termo de depoimento, e que o MP orientou e combinou trabalho com a juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro.
Segundo os advogados de Lula, os procuradores da força-tarefa escolhiam alvos nas instâncias superiores, como foi o caso do então ministro do STF Teori Zavascki.
Eles denunciam também que houve uma combinação da Lava Jato com autoridades americanas para entregar provas e obter recursos da Petrobras.
O trecho mais tenebroso do diálogo mostra procuradores discutindo a necessidade de “atingir Lula na cabeça” para “vencermos as batalhas já abertas” na operação. “Pessoal, fiquei pensando que precisamos definir melhor o escopo pra nós dos acordos que estão em negociação. Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1), pra nós da PGR”, diz a procuradora Carolina Rezende, que integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
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