Covid-19: Vacina da Pfizer pode começar a ser administrada em março de 2021

Foto: niaid

A vacina contra a Covid-19 poderia começar a ser administrada em março de 2021 para pessoas vulneráveis, o que poderia mudar a evolução da epidemia, declarou na segunda-feira 9 Bruce Aylward, subdiretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os resultados provisórios anunciados nesta segunda pelo laboratório Pfizer e a empresa alemã BioNTech, de que sua vacina experimental era 90% eficaz contra a Covid-19, são “muito positivos”, disse Aylward durante assembleia da OMS.

“Ainda resta muito trabalho a fazer. São apenas resultados provisórios (…), mas são resultados muito positivos que apareceram hoje e trazem grandes promessas, que esperamos que sejam para o mundo inteiro”, declarou o subdiretor da organização.

Bruce Aylward se mostrou muito otimista e disse que “com relação aos diagnósticos, nós estamos em posição de ampliar massivamente os testes através do mundo. No plano terapêutico, nós temos atualmente ferramentas suficientes para reduzir de maneira substancial o risco de morrer desta doença. No que diz respeito às vacinas, particularmente com a informação de hoje, estamos quase prontos para distribuir doses às populações de alto risco por volta do fim do primeiro trimestre e começo do segundo trimestre”, do próximo ano.

Notícias encorajadoras

Pouco tempo depois do anúncio feito pelas empresas, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse no Twitter que “as notícias são encorajadoras sobre uma vacina da parte da Pfizer e da BioNTech”.

Segundo uma porta-voz da Agência europeia de medicamentos (EMA), citada pela AFP, o órgão estaria analisando as informações da vacina desenvolvida pelo laboratório americano e o grupo de biotecnologia alemão, e a União Europeia contaria disponibilizar a vacina no começo de 2021.

“Através de um exame contínuo (rolling reviews), a EMA pode excepcionalmente avaliar dados à medida que eles ficam acessíveis, antes do pedido formal (pelos laboratórios) de uma autorização para a venda”, explicou nesta segunda feira a porta-voz da agência.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, indicou que a UE finalizaria em breve um contrato com os laboratórios para comprar até 300 milhões de doses.

Os Estados Unidos concluíram em julho um acordo para obter 100 milhões de doses do medicamento por 1,95  bilhão de dólares. O Japão também concluiu um acordo com as duas empresas para garantir 120 milhões de doses.

 

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