O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) informou nesta sexta-feira (22) o assassinato de Dilma Ferreira Silva, coordenadora regional do movimento em Tucuruí (PA). Segundo informações preliminares divulgadas pela assessoria de comunicação, a liderança do MAB no Pará teria sido morta junto ao esposo e outros familiares.
“O MAB ainda não sabe ao certo o número de pessoas assassinadas e nem os motivos do crime. (…) É mais um momento triste para a história dos atingidos por barragens que o dia de hoje celebravam o dia internacional da água“, diz a nota publicada pelo movimento. “O MAB exige das autoridades a apuração rápida deste crime e medidas de segurança para os atingidos por barragens em todo o Brasil”.
Em 2011, Silva participou de uma audiência com a então presidenta Dilma Rousseff (PT) e entregou uma documento em que pedia uma política nacional de direitos para os atingidos por barragens, com atenção especial par as mulheres atingidas.
A usina hidrelétrica de Tucuruí, construída durante a ditadura militar, é a maior hidrelétrica considerada genuinamente nacional. Ela localiza-se no rio Tocantins, a 310 km da capital Belém (PA). Cerca de 32 mil pessoas foram deslocadas de suas moradias para construção da barragem, e há mais de 30 anos lutam para garantir direitos.
Edição: Daniel Giovanaz