Conversa sobre “A Mesa”

Processo de formação e montagem cênica ganha debate na UFSC no dia 7 de junho.

Foto Cristiano Prim

Na próxima quarta-feira, dia 7, às 19h30, no bloco A, na sala 211, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a equipe técnica da montagem “A Mesa”, projeto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Dança 2022, realiza uma conversa sobre o processo de formação e criação cênica do projeto. A entrada é gratuita.

Com mediação da professora Bárbara Biscaro, as pesquisadoras Diana Gilardenghi, Lucila Vilela, Vera Torres e a produtora Crica Gadotti falam sobre o desafio de colocar em cena 13 pessoas num programa de curta duração por tudo o que envolve a sua idealização. Em quatro meses, as oficinas de dança contemporânea, a pesquisa teórica, a criação de máscaras e a montagem se configuram a partir da referência de “A Mesa Verde” (1932), obra clássica do coreógrafo alemão Kurt Jooss.

O resultado sensibiliza a plateia, que lota as quatro apresentações no último mês, no Teatro Sesc Prainha, em Florianópolis. Ao associar dança, história e política, a montagem ressoa em pontos emocionais de cada espectador que também estabelece relações com a atual complexa realidade brasileira.

Embora curta, a temporada ajuda a estruturar no palco as concepções coletivas que alcançam acertos no seu conjunto, na composição e direção musical de Diogo de Haro, no violino de Fernando Bresolin, na voz de Eduardo Bassani, no figurino de Esha e na iluminação de Hedra Rockenbach. Na experiência das trajetórias individuais desses profissionais, cada um na sua singularidade, confere-se beleza ou estranhamentos nos movimentos dos artistas do corpo Ana Otero, Alyssa Tessari, Ariel Gabor, Denise Krieger, Eduardo Bassani, Fabiola Peron, Gelson Forte, Karina Collaço, Karol Alves, Lilian Yamaguchi, Mel Yan e Monica Siedler.

Foto Cristiano Prim

Uma montagem com potência discursiva que pede amadurecimento e novas apresentações por tudo o que representa em termos de formação e criação. Conduzido pelas pesquisadoras Diana Gilardenghi, Bia Vilela, Vera Torres, Lucila Vilela e Tejas, o trabalho mergulha na história da dança para propor, a partir da memória e do tempo contemporâneo, reflexões sobre a sociedade, a arte, a política e a condição humana. Os 13 artistas em cena e as cinco condutoras articulam dança, história e política em um processo criativo coletivo. Com distintas experiências e formações, a equipe agrega artistas de diferentes disciplinas como dança, música, teatro, artes visuais e audiovisual.

Vera Torres, Crica Gadotti e Lucila Vilela no debate. Foto Cristiano Prim

A arte, a política e as escolhas humanas

O caráter atemporal de “A Mesa Verde” (1932), de Jooss, aciona o projeto catarinense e permite aproximar situações e temporalidades distintas. Da Alemanha pré-nazista para o atual contexto político-social brasileiro é entender a dança como potência política. A importância histórica e artística serve como fundamentação teórica e conceitual para pensar a dança atual.

Concebida no entreguerras, a peça de Jooss tem enorme repercussão pois antecipa o movimento nazista que, logo depois, ocupa a Alemanha. O coreógrafo pesquisa e trabalha sobre as danças macabras medievais. Ao compor o tema da morte intercalado com as conferências diplomáticas, critica o jogo político e a responsabilidade com as vidas humanas, traz para a arte a sensibilidade de uma época.

Trata-se de uma obra que não se limita ao seu momento de criação. “A Mesa Verde” suscita até hoje novas montagens, inquietações e reflexões. A leitura do contexto social e político e o modo como organiza a cena, com a vida de uma população sendo decidida numa mesa composta por velhos políticos, transforma o espetáculo em uma referência para pensar a sociedade, a arte, a política e as escolhas humanas.

Equipe da montagem

Concepção e montagem: Diana Gilardenghi, Bia Vilela, Vera Torres, Lucila Vilela e Tejas

Elenco: Ana Otero, Alyssa Tessari, Ariel Gabor, Denise Krieger, Eduardo Bassani, Fabiola Peron, Gelson Forte, Karina Collaço, Karol Alves. Lilian Yamaguchi, Mel Yan e Monica Siedler

Composição e direção musical: Diogo de Haro

Violino: Fernando Bresolin

Voz: Eduardo Bassani

Figurinista: Esha

Iluminação: Hedra Rockenbach

Equipe técnica do projeto

Coordenação: Diana Gilardenghi e Lucila Vilela

Produção geral: Crica Gadotti, Lucila Vilela e Vera Torres

Produção executiva: Crica Gadotti

Oficinas de dança: Diana Gilardenghi e Bia Vilela

Oficina teórica: Lucila Vilela e Vera Torres

Oficina de máscaras: Tejas

Composição e execução musical: Diogo de Haro

Figurinista: Esha

Iluminação: Hedra Rockenbach

Filmagem e edição: Alan Langdon

Design gráfico: Ildo Francisco Golfetto

Fotografia: Cristiano Prim

Assessoria de imprensa: Néri Pedroso

Divulgação

SERVIÇO

O quê: Conversa sobre a montagem “A Mesa”

Quando: Dia 7.6.2023, às 19h30

Onde: Bloco A, sala 211, Campus, Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bairro Trindade, Florianópolis (SC)

Quanto: Gratuito

REALIZAÇÃO

Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Dança – 2022, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina

 

SAIBA MAIS

@projetocenico_a_mesa

CONTATOS

NProduções: Néri Pedroso (48) 99911-9837, produtoras Lucila Vilela (48) 98447-9368 e Crica Gadotti (48) 99697-6643

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