Por Michele de Mello.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro editou um novo decreto presidencial estendendo o Estado de Alarme Nacional por mais 30 dias, a partir do dia 14 de maio. A Venezuela registrou 423 casos positivos para covid-19 e dez falecidos, por conta dos resultados positivos o chefe de Estado decidiu manter a rigidez do isolamento social.
A medida inclui a suspensão de serviços não essenciais, o fechamento das fronteiras terrestres e do espaço aéreo, assim como a quarentena social para toda a população.
Segundo o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (Inac), durante esse período só estarão permitidos os voos com repatriações e de caráter humanitário, solicitados pelo Estado ou por organismos de cooperação internacional, como a ONU.
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De acordo com dados oficiais, foram aplicados 525.902 testes de diagnóstico, até o dia 12 de maio, e 220 pacientes receberam alta, o que confirma uma taxa de recuperação de 52%.
Na última terça-feira (12), a nação recebeu outro voo com 46 toneladas de insumos médicos trazidos da China.
O embaixador chinês na Venezuela, Li Baorong assegurou que a cooperação é fruto de um consenso entre as duas administrações e que “o mais urgente é união e cooperação internacional pela luta contra a covid-19”.
Reativação produtiva
Na mesma coletiva de imprensa, o chefe de Estado venezuelano anunciou novos investimentos para agroindústria nacional.
Segundo o ministro do Poder Popular para a Agricultura e Terras, Wilmar Castro Soteldo, já foram investidos US$ 410 milhões no plano de cultivo de 2020. Parte desse investimento veio do Fundo Chinês, que prevê financiamento do governo de Xi Jinping na ordem de US$ 200 milhões.
“Entre quarentena e produção não há contradição. Por isso mantemos o ritmo máximo de produção para garantir bens e serviços que demanda o nosso povo”, afirmou Maduro.
O foco da produção é no plantio de milho e arroz em 300 mil hectares em todo o país, tanto por pequenos produtores apoiados pelo Estado, como pelo setor privado.
Edição: Rodrigo Chagas