Bogotá, 9 abr (Prensa Latina) Uma multitudinária marcha pela paz e a esperança percorrerá hoje esta capital em uma mobilização que unirá diversos setores sociais em respaldo aos diálogos entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo.
Pela primeira vez diferentes movimentos e atores políticos, as crianças, jovens, afrodescendentes, indígenas, camponeses, se reúnem para dizer sim a uma paz almejada por mais de 50 anos.
Seremos mais, agora se a paz, é o lema desta convocação que encabeçarão, entre outros, o presidente Juan Manuel Santos e seu gabinete, a equipe de paz do Governo nas conversas com a guerrilha, as instituições e as igrejas do país que tocaram ao meio dia.
Milhares de colombianos deslocaram-se até a capital desde o Magdalena, Arauca, Vale do Cauca, Antioquia entre outras regiões, para render também tributo ao líder popular Jorge Eliecer Gaitán, no 65 aniversário de seu assassinato.
As autoridades habilitaram quatro pontos na cidade desde onde se deslocarão os marchantes até a Praça Bolívar, no centro histórico da cidade. Calcula-se que assistam mais de 500 mil pessoas.
“Este 9 de abril a sociedade e o povo expressarão a importância da paz e a necessidade de que sejamos escutados e tidos em conta sobre como é o país que queremos construir”, afirmou em recentes declarações a ex-senadora Piedade Córdoba, porta-voz da Marcha Patriótica, uma das organizações impulsoras do projeto.
Ontem o mandatário colombiano chamou à unidade. “A paz não pode nem deve nos dividir, a busca é um imperativo, é tempo de achar que nosso país não este condenado a outro meio século de violência, busquemos a unidade, não a divisão, os consensos, não os confrontos”, disse.
O ex-presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva enviou uma mensagem via internet apoiando a mobilização. “A vitória da paz da Colômbia será de todo o continente”, expressou.
O cantor Juanes reafirmou seu compromisso com a busca de uma saída pacífica em seu país e disse sim ao chamado. Junto a ele estarão outras figuras da arte como Totó a Momposina, os membros da Filarmônica de Bogotá e Andrea Echeverry, do grupo Aterciopelados.
Como adiantou em dias recentes o diretor do Instituto Distrital das Artes, pedi uma marcha alegre, multicor e diversa.
Entrevista com Claudia Quintero, refugiada colombo-venezuelana na Argentina
Do Programa 7.0 de Rádio Cooperativa de Buenos Aires.
