Bettmann / Gettyimages.ru
Augusto Pinochet Molina, neto do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990), concorrerá à prefeitura de Santo Domingo, na região de Valparaíso, informou a mídia local na terça-feira.
O ex-capitão do exército concorrerá novamente com o apoio do Partido Social Cristão (PSC) nas próximas eleições municipais a serem realizadas em outubro.
Partido Social Cristiano inscribió como candidato a alcalde por Santo Domingo a Augusto Pinochet Molina, nieto del dictador.
Augusto Pinochet Molina, el mismo que fue dado de baja del ejército el año 2006 tras un discurso contra el Poder Judicial por la “persecución” contra el… pic.twitter.com/l0YaS63muE— PIENSAPRENSA 350 mil Seguidores (@PiensaPrensa) August 13, 2024
Este ano, Pinochet Molina tentou concorrer ao cargo de governador de Valparaíso, mas acabou desistindo da disputa. Em 2013, ele tentou se candidatar a deputado pelo 44º distrito, mas também não deu certo.
Agora, ele enfrentará o atual prefeito de Santo Domingo, Dino Lotito, da Renovación Nacional, que também é apoiado pela tradicional coalizão de direita Chile Vamos. Ele também enfrentará o ex-prefeito Fernando Rodríguez (independente).
Pela “liberdade”
Em entrevista ao jornal local El Mercurio, Pinochet Molina reconheceu que aceitou a proposta do PSC porque a coleta de assinaturas era um “desafio considerável” para sua campanha. “Foi um período muito curto para mim”, disse ele.
Ele disse que suas principais áreas de foco seriam segurança, saúde, educação e esportes. Ele também abordaria “questões cruciais”, como interconectividade física e digital, turismo, infraestrutura e crianças.
“Uma alternativa política que promova as ideias de liberdade, uma abordagem que até agora não foi implementada em nossa comuna”, acrescentou Pinochet Molina.
Defensor da ditadura
Em 2006, após a morte de Pinochet, o agora candidato o descreveu como um “líder mundial” que “derrotou, em meio à Guerra Fria, o modelo marxista que buscava impor seu modelo totalitário não por meio do voto, mas sim por meios armados”.
Ele também criticou os juízes que investigavam a família Pinochet-Ugarte por crimes graves cometidos durante a ditadura. Em dezembro daquele ano, ele foi dispensado do exército por suas declarações polêmicas.
