Redação, 247.
O economista Roberto Campos Neto, que preside o Banco Central e mantém no Brasil uma taxa de juros de 13,75% ao ano, a maior do mundo, fracassou nos dois anos em que esteve à frente da autoridade monetária – o que poderia até provocar a sua demissão.
“Pela Lei 179/19, que definiu a autonomia do Banco Central, o presidente da instituição pode ser exonerado quando apresentar ‘comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil'”, escreve a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo, lembrando que a exoneração teria que ser aprovada por maioria absoluta pelo Senado Federal.
“Em 2021, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional era de 3,75%, podendo chegar a no máximo 5,25%. Mas ela foi de 10,06%. Campos Neto teve que divulgar uma carta aberta para se explicar. Entre outras coisas, ele disse que a inflação de dois dígitos era culpa de um fenômeno global, e citou também o risco fiscal e a crise hídrica. Em 2022, a meta voltou a estourar. Ela era de 3,5%, podendo chegar a 5%. Mas a inflação chegou a 5,79%”, aponta a jornalista.
Na plataforma Twitter, é assunto do momento no Brasil a Tag, #CamposNettoDemitido. Até a tarde desta quarta-feira (8), são mais de 2,3 mil tweets.
Campos Neto estava no grupo de WhatsApp de ministros de Bolsonaro, dar pra confiar nesse cara?
Presidente Lula tem toda razão quando faz críticas sobre a alta de juros do BC.CAMPOS NETO DEMITIDO! pic.twitter.com/DtTHBazTj0
— Jô Galvão Lula da Silva?? (@galvao_jo) February 8, 2023
CAMPOS NETO DEMITIDO
Banco Central "autônomo" (bolsominion):
-Não bateu a meta da inflação MESMO MAQUIANDO DADOS
-Taxa de juros mais alta do mundo
-Errou projeção de crescimento em 2019/20/21
-Fraude de R$ 65 bilhões pra ajudar Bolsonaro
-Não viu o roubo nas Americanas pic.twitter.com/k7KAqPVQoo— O Patriota (@Marcelo23051907) February 8, 2023
Edição: Jaine Fidler Rodrigues