Por Rute Pina.
Depois de marcharem por mais de 50 km, os cerca de 5 mil militantes de movimentos populares que integram a Marcha Lula Livre se encontraram, por volta destas 11h desta terça-feira (14) no Plano Piloto de Brasília. A partir deste momento, as crianças sem-terrinha se uniram ao grupo e lideraram a caminhada.
Nesta tarde, aconteceu uma assembleia popular com todos os participantes, que montam acampamento próximo ao estádio Mané Garrincha.
“Nosso povo aprendeu com a história dessa bandeira vermelha que se for necessário marchar estará sempre apostos”, afirmou Gilmar Mauro durante o encontro das três colunas.
A marcha, dividida em três colunas, teve início em 10 de agosto, e partiu de três pontos distintos. Uma delas saiu da cidade de Formosa (GO), outra de Luziânia (GO) e a terceira de Engenho das Lages (DF).
Cada uma das colunas saiu por volta das 6h30 da manhã desta terça-feira (14) do entorno de Brasília, e se encontraram no Plano Piloto da capital federal por volta das 9h.
Marco Baratto, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirma que o ato é histórico para a organização.
“Esse momento é importante porque vai ser a consolidação de um processo de retomada do debate com a sociedade, e a nossa marcha cumpre esse papel”, explica.
Os militantes levantam três bandeiras que representam algumas de suas principais reivindicações. As delegações da região amazônica e do Centro-Oeste na Coluna Tereza de Benguela pautam a soberania popular; os estados nordestinos da Coluna Ligas Camponesas se somam com a faixa Lula Livre; e as regiões Sul e Sudeste, na Colunas Prestes, pontuam o tema Terra, Trabalho e Moradia.
“Cada coluna, então, leva essa simbologia para que, no encontro em Brasília, a gente construa esse processo de forma ampla e popular”, pontua o dirigente.
Nesta quarta-feira (15), a Marcha Lula Livre realiza, junto com outras organizações e movimentos populares, o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.