Em média, mais de 30 mil pessoas morreram por Covid-19 no Brasil nos últimos 13 meses da pandemia. Mas o número vem se acelerando nas últimas semanas, onde a média móvel ultrapassa 2 mil mortos. Ainda que o governo federal ou o consórcio de imprensa não tenha divulgado oficialmente esse número, desde as 20h de ontem até agora foram registradas mais 1678 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes por Covid registradas oficialmente.
Se contássemos as mortes subnotificadas, certamente essa marca teria sido ultrapassada faz tempo. Possivelmente estaríamos falando de números que beiram ou ultrapassam a trágica marca de meio milhão de mortos por Covid no país. O dia de hoje ficará na história como o dia em que atingimos essa trágica e criminosa marca.
É mais que evidente a responsabilidade de Bolsonaro nessas mortes. Seu negacionismo, aliado com a política criminosa dos militares, impulsionou o vírus e desdenhou da doença. O governo federal boicotou compra de vacinas, fez deboche dos mortos e trabalhou em função dos lucros dos empresários.
Ao mesmo tempo, os governadores e prefeitos do país também possuem alta carga de responsabilidade nas mortes na medida em que flexibilizaram tudo e, quando restringiram mobilidade das pessoas, o fizeram sem garantir direito à quarentena para as pessoas. A miséria, a fome, o desemprego, os baixos salários, a inflação, toda essa realidade fruto da política econômica do governo e das reformas e ataques neoliberais, vem sendo grande aliada do vírus para aprofundar a barbárie no país que está arregaçando com a vida dos mais pobres e trabalhadores.