Redação.
Os crimes serão agora analisados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal para o processo provatório. Portanto, ainda nã se trata de condena. Corresponde ao PGR comprovar daquilo que foi apurado nesta fase pré processual.
A sessão de votação começou com uma extensa documentação audiovisual do Ministro Alexandre de Moraes e uma exposição oral muito forte, com frases contundentes. Depois os ministros fizeram sua exposição sob a presidência de Cristiano Zanin. Votaram os ministros Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, acompanhando o relato de Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes enfatizou na quantidade enorme de denúncias. Agora precisa ser comprovado que Jair Bolsonaro foi o líder da tentativa golpista. A tarefa que corresponde inicialmente à Procuradoria Geral da República deverá dar espaço à acusação como à defesa para iniciar o processo que pode concluir na prissão dos denunciados como réus.
Houve uma declaração do Ministro Alexandre de Moraes sobre o papel de desinformação das redes sociais neste caso procurando descaracterizar o informe trazido através do vídeo que ele apresentou. O vídeo apresentado mostrou, indubitávelmente a materialidade dos fatos.
Também esclareceu o número real de pessoas que já foram condenadas por um período maior (até 17 anos) é pequeno, lembrando que uma grande quantidade cumpre pena por penas alternativas.
A Ministra Carmen Lúcia afirmou que sim houve preparação e planejamento para dar um golpe violento contra a democracia. Ela acrescentou com ênfase: “Ditadura mata”.
O núcleo golpista declarado réu é conformado por ele e mais sete. Além de Jair Bolsonaro, por ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça), além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Mauro Cid.
A defesa de Jair Bolsonaro afirma sobre a não participação do ex presidente. Porém, todas as provas aprovam a ele e pode ter uma condenação de mais de 30 anos em prisão. Bolsonaro interpreta este processo como “a maior perseguição da história”.
Houve uma divergência entre Alexandre de Moraes e Luiz Fuz entre o decidido na primeira instância, que condenou a cabeleireira Débora Rodrigues Santos que pichou com batom a estátua, com muito mais anos que àqueles que tentaram explodir um caminhão no Aeroporto de Brasília, o que poderia ter produzido uma tragédia de grandes proporções.