Bolsonaro.com.br – Criador do site expõe ameaças: “vai morrer”

Filósofo expõe tuite do ministro da Justiça, Anderson Torres, que, a mando de Bolsonaro, determinou à PF a instauração de inquérito sobre o site - cujo domínio foi comprado legalmente após vacilo de Carlos Bolsonaro.

Por Plínio Teodoro.

Criador do site bolsonaro.com.br, o filósofo Gabriel Baggio Thomaz colocou novamente a página no ar na madrugada desta terça-feira (6) – após ser derrubada na quinta-feira (1º) – expondo uma série de mensagens que vem recebendo com ameaças após a divulgação de seu e-mail.

Thomaz criou uma seção no site descrita como “O retrato do ódio” onde colocou algumas das mensagens que vem recebendo de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Em um deles, o recado é direto: “Vai morrer”. Além disso, os bolsonaristas dizem que “sabemos onde encontrar você”, além de elencar xingamentos – “vão tomar no cu seus comunistas! Bolsonaro tem que matar vocês mesmo!” – e reverberações de declarações do presidente.

“Esquerda maldita! Pena que os militares 64/68 não exterminaram todos, sobrou alguns ratos para pisarmos em cima”.

O filósofo ainda expõe um tuite do ministro da Justiça, Anderson Torres, que, a mando de Bolsonaro, determinou à direção-geral da Polícia Federal a instauração de inquérito para investigar o site – cujo domínio foi comprado legalmente após vacilo de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e assessores do presidente.

“A perseguição via força estatal e o possível uso indevido do aparato público para perseguição política também fazem parte do arsenal do medo”, diz texto no site antes do tuite de Torres.

Liberdade de expressão

Em entrevista após o site viralizar nas redes, Thomaz disse que encontrou o domínio disponível em 2021 durante uma pesquisa no site registro.br, plataforma que gerencia páginas com o endereço .br.

“Eu nem acreditei, mas estava lá”, disse, antes de revelar que adquiriu o domínio em um leilão feito pelo site de registros, com lance inicial de R$ 40.

Diante de investigação da Polícia Federal, Thomaz garante, no entanto, que não faz nada de ilegal.

“Eu estou exercendo a minha liberdade de expressão e fazendo uso da minha propriedade privada”, afirmou, repetindo o mantra bolsonarista.

 

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