247 – Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Thiago Amparo citou o decreto que autorizou agentes policiais “a terem duas armas de uso restrito, e facilitou a aquisição de armamentos pesados que antes constavam da lista de produtos controlados do Exército”.
“Mais armas em circulação e menos controle é igual a mais armas com o crime organizado e as milícias”, acrescentou.O colunista destacou que o “controle de armas se tornou mais raro. Conforme fora estipulado em decreto de fevereiro de 2021, quem escondia fuzis em casa era avisado, 24 horas antes, de qualquer fiscalização”, disse.
“Estado de direito apenas para humanos direitos com fuzil. O que se seguiu foram meses de um governo à base da bala, sangue e medo, como sempre fora”.
De acordo com o professor, “lá pelos idos de 2023, quando o golpe fracassado de 2022 esmorecer na memória, colunas de jornal dirão que era possível o STF e o Congresso terem revogado os decretos pró-armas, que a escolha não era tão difícil assim, que não faltou quem avisara que a falta de um projeto progressista de segurança nos custaria a democracia, que a frente poderia ter sido ampla, e que o presidente da república deveria ter sido investigado por genocídio”. Em 2023, no entanto, já era tarde”, disse.
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