Redação
O JTT – A Manhã Com Dignidade entrevistou nessa segunda-feira, Bruno Barbosa, mestre em Geografia e Desenvolvimento Regional e Urbano pela UFSC. Bruno é também Analista Ambiental do IBAM e advogado especializado em propriedade intelectual e contratos de tecnologia.
Em entrevista, Bruno explica que biopirataria é o nome utilizado para designar o acesso não autorizado das informações de material genético. É uma ação ilícita associada à biodiversidade. E essa tem sido uma prática cada vez mais comum no que refere-se a produção biotecnológica.
Qualquer elemento da biodiversidade que tem interesse para a indústria, a informação genética que traduz esse elemento é utilizado para desenvolver produtos, como por exemplo os fármacos. Cada vez mais esse material biológico passa a ser utilizado na indústria, principalmente com o desenvolvimento da ciência moderna.
Entretanto há algumas contradições que apresentam desafios para a produção de pesquisas e tecnologias. É o caso das patentes. O desenvolvedor da tecnologia ou então aquele que descobre determinada informação genética, patenteia a informação e isso garante o sigilo das informações para o desenvolvedor durante técnicas. Isso reflete na produção de ciência e tecnologia que estejam voltadas para a resolução dos problemas da sociedade, uma vez que muitas das descobertas estão patenteadas por grandes empresas e industrias internacionais que tem por objetivo o lucro.
O patenteamento está sendo cada vez mais frequente por países no mundo todo, exceto no Brasil, onde há um baixo número de patentes, refletindo o baixo investimento na ciência, pesquisa e tecnologia.
Confira a entrevista completa com Bruno Barbosa e acompanhe a discussão sobre biopirataria e seus impactos na sociedade: