Por Jade Azevedo na Página do MST.
No dia 17 de agosto aconteceu a última assembleia popular em Planaltina do Paraná. O superintendente do Incra (PR), Nilton Bezerra Guedes, viajou de Norte a Sul do estado e se reuniu com as famílias acampadas e assentadas do MST.
O mutirão de Assembleias Populares de Mobilização Permanente pela Reforma Agrária do Paraná começou no mês passado, no dia 17 de julho em Pinhão. A ação compõe a agenda itinerante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com o MST com o intuito principal de que o governo esteja junto ao povo para negociar as pautas de luta das famílias Sem Terra.
A mobilização que passou por Guarapuava, Goioxim, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Jardim Alegre, Clevelândia, Ponta Grossa, Imbaú, Londrina, São Jerônimo, Congonhinhas, Cascavel e Planaltina do Paraná. Ao todo foram 14 reuniões em que as famílias Sem Terra puderam partilhar com o superintendente suas necessidades.
Dilce Noronha, direção estadual, comentou que no Paraná existe um passivo grande na demanda pela reforma agrária. São 83 acampamentos, formados por cerca de 7 mil famílias, “todas já com comunidades consolidadas”, enfatiza. Algumas comunidades existem há mais de 30 anos, e ainda lutam pela regularização fundiária.
Dilce comentou ainda sobre a importância do órgão público retomar às áreas de Reforma Agrária Popular. “Estamos vivendo em um novo cenário na luta pela terra e Reforma Agrária. A vinda do INCRA para nossos territórios tem sido de fundamental importância, oportunidade de entregarmos nossas pautas e abriu-se também as portas do diálogo, necessário e esperançador para o público da reforma agrária”.
Sobre as áreas de assentamento as demandas estancadas são para o desenvolvimento permitindo que as famílias possam aumentar suas produções, a geração de renda, a transição no modo de produção, atualização cadastral das famílias, infraestrutura, liberação de crédito, retomadas de programas de apoio ao pequeno agricultor, fomento à agroindústria e comercialização, recuperação e melhoria das estradas, ampliação das estruturas coletivas das comunidades, entre outras demandas.