O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, foi preso pela Polícia Federal (PF) por volta das 7h20 deste sábado (14), quando chegou a Brasília vindo dos Estados Unidos. Ele foi levado para o hangar da PF e, depois, para a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.
No última terça-feira (10), Torres havia tido um mandado de prisão expedido contra si, em decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, confirmada pelo plenário da Corte, e teve a residência vistoriada por agentes da Polícia Federal.
Leia mais: Lideranças da região e os riscos da “bomba Brasil”. Por Raul Fitipaldi.
Torres era o titular da pasta de Segurança do Distrito Federal quando quando foram promovidos os atos golpistas que resultaram em depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. O então comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, também está preso.
Documento golpista
No armário de Anderson Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que permitiria ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com informações reveladas na quinta-feira (12). Segundo o texto, o objetivo seria reverter o resultado eleitoral, que determinou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de forma inconstitucional.
Torres afirma que o documento foi “tirado de contexto” e seria inutilizado. Ele deve explicar à Polícia Federal quem redigiu o texto, em quais circunstâncias e as razões de ele estar guardado em seu armário, entre outras questões.
De acordo com reportagem de Tales Faria, no Uol, ex-aliados de Bolsonaro informaram ao Palácio do Planalto que Anderson Torres teria se encontrado com o ex-presidente em Orlando, nos Estados Unidos.
Edição: Glauco Faria