Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
O Grito dos/as Excluídos e excluídas, em sua 25° edição, teve programação em várias partes do Brasil. No interior do estado catarinense, no município de Anchieta, essa foi a segunda vez que o ato aconteceu organizado por sindicatos, movimentos sociais e populares, Igreja, Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR).
Para a jovem militante do coletivo da PJMP e PJR, Maria Eduarda de Lima Cardoso, neste ano as pautas corresponderam à defesa da alimentação saudável, agroecologia, contra todos os tipos de violência, pela vida de uma forma geral e contra todas as medidas que impedem, segundo a jovem, a vivência da democracia. “A nossa luta nos constrói cada vez mais e não importa o que dizem,seguiremos lutando”, enfatizou.
O prefeito de Anchieta, Ivan José Canci, também se pronunciou neste sete de setembro, durante o desfile na cidade. Ele falou sobre a defesa da democracia, da liberdade de expressão, da defesa das sementes, considerando que Anchieta é a capital nacional das sementes crioulas. Canci mencionou sobre a importância de se respeitar as expressões populares que integram uma sociedade humana e democrática.
Fabiula Presente!
Durante o ato foi feita uma homenagem à Fabiula Fergutz (in memoriam), integrante da PJMP, que sempre conduzia a tarefa da percussão. A juventude seguiu carregando uma faixa em seu nome.
Defesa da Amazônia e dos povos, protetores da terra
Outros momentos marcaram o Grito. Nesta semana se comemorou o dia da mulher indígena e da Amazônia e nesse sentido, uma pirâmide humana foi representada pelos jovens, simbolizado a “mãe terra” e a defesa dos povos indígenas, protetores das florestas. Conforme os organizadores/as do Grito, a ideia foi de se fazer uma referência a todos os ataques que a Amazônia vem sofrendo, o aumento das queimadas e venda dos recursos naturais para exploração de empresas que visam apenas o lucro.