Algumas verdades sobre o “Império das mentiras”

Os Estados Unidos têm um índice de expectativa de vida de 76,4 anos, o menor entre os “países ricos” e menor do que em Cuba.

Súmula Internacional.- Entre os diversos fatores que sustentam o poder estadunidense no mundo, poder que embora em declínio relativo continua sendo hegemônico, está a formidável máquina de propaganda a serviço do império. Pois justamente os EUA, que inundam o planeta diariamente com todo tipo de mentiras e distorções, acusaram a República Popular da China, em extenso relatório, de investir “bilhões de dólares na disseminação de desinformação em todo o mundo”. A RPC, que no último dia 1º de outubro comemorou 74 anos de fundação, mas cuja civilização tem mais de 4 mil anos de história, respondeu, através do Ministério de Relações Exteriores, que “os Estados Unidos são um ‘império de mentiras’ do começo ao fim”. O MRE da China diz que o relatório em si já é uma peça de desinformação, recorda a “Operação Mockingbird”, desencadeada pela CIA na década de 1950 para financiar uma infinidade de jornalistas, jornais e revistas dentro e fora dos EUA e relembra que, no início deste século, “até um frasco de pó branco e um vídeo encenado são apresentados como ‘prova’ para desencadear guerras de agressão no Iraque e na Síria”. Esta última menção chinesa faz referência aos pretextos, depois desmascarados como inteiramente falsos, usados pelos EUA para atacar países soberanos como o Iraque (2003) e a Síria (2011). O comunicado da China termina dizendo que cada vez mais os povos do mundo têm despertado para o fato de os EUA utilizarem a máquina de propaganda para tentar perpetuar seu poder. De fato, com sua hegemonia ameaçada, a tendência é que o Tio Sam siga um dos mantras do mercado: “em tempos de crise, invista em comunicação”.

Algo de podre no “Império das mentiras”

E será preciso cada vez mais investimento para, em primeiro lugar, explicar para o público interno como o país mais rico do mundo tem um índice de expectativa de vida de 76,4 anos, o menor entre os “países ricos”. A informação foi publicada nesta terça-feira (03) no The Washigton Post, em um conjunto de matérias intitulado “Morrer cedo: a crise da esperança de vida na América”. Ressalte-se que a expectativa de vida nos EUA é menor do que em Cuba, que mesmo bloqueada de todas as formas pelo império, sustenta uma expectativa média de 78 anos. O jornal O Globo, reproduzindo, nesta segunda-feira (2) uma reportagem do El País, relatou uma “onda crescente de saques a lojas e supermercados” nos EUA que apenas em 2022 representou um prejuízo equivalente a R$ 564 bilhões. A reportagem revela que 28% dos grupos varejistas optaram por fechar as portas onde os saques são mais recorrentes, como a rede de supermercados Target, que anunciou o fechamento permanente de nove lojas devido ao aumento da violência e dos roubos. Até a data em que esta Súmula está sendo publicada, segundo o site de monitoramento Gun Violence Archive, ocorreram 531 tiroteios em massa nos EUA, média de 1,91 por dia. Quando fizemos esse mesmo levantamento em maio, a média era de 1,66. Dados de 2022 apontavam que os EUA concentram 73% dos tiroteios em massa em países desenvolvidos. Existe algo de podre no “Império da Mentira.

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