Por Lucy Pagoada.
Ontem, domingo, 19 de novembro de 2023, o fascismo triunfou na Argentina. E isso é fatal para esse país irmão e para nossa região. Os eleitores, em sua maioria jovens que se deixaram proteger e enganar pela realidade virtual das redes sociais, “elegeram” como seu novo presidente um fascista, neoliberal que se define como libertário.
Javier Milei, um psicopata que se aproveitou da crise econômica criada pelo FMI que sufocou a população argentina e depois apresentou um “salvador” que, segundo eles, resolverá seus problemas. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Portanto, quatro anos de aprofundamento dos problemas sociais, econômicos e políticos aguardam o país do tango. Um país que precisa urgentemente rever, aprender e nunca esquecer sua história.
Que terrível para a luta das Mães e Avós da Plaza de Mayo que ainda estão buscando seus filhos e netos sequestrados e assassinados pela ditadura do Plano Condor (que nada mais é do que o McCarthismo) na América do Sul e que foi implementado pelos Chicago Boys e pela CIA. Os mesmos responsáveis pelo assassinato do primeiro presidente socialista eleito por meios eleitorais no Chile em 1973, Salvador Allende.
Também é muito difícil acreditar que a direita tenha tentado até assassinar a vice-presidenta Cristina Fernandez de Kirchner nesse processo e, aparentemente, nada disso serviu para abrir os olhos da eleitora e eleitor argentino.
O psicopata Milei, seguidor de Trump e Bolsonaro, nega a história representada pelo macabro Plano Condor e as ditaduras dos assassinos Stroessner e Pinochet que resultaram em milhares de mortos, desaparecidos e exilados, ameaça privatizar os serviços públicos, fechar o banco central e romper relações com todos os governos não capitalistas, incluindo a China. Mas o tolo parece não perceber que seu chefe Joe Biden acabou de se reunir com o presidente da China, Xi Jinping. Como consequência do resultado da eleição de hoje, a Argentina está retrocedendo no tempo e em termos de direitos humanos em mais de 40 anos.
Portanto, cuidado, povos, e como disse o Papa Francisco: “É preciso ter medo de ‘salvadores’ sem história” e, bem, o psicopata Milei é certamente um deles.
Portanto, tomem nota. Está claro para mim que os governos progressistas do peronismo na Argentina deveriam ter educado melhor as novas gerações política e ideologicamente para que elas pudessem entender o que estava acontecendo internamente em seu país e não ter que procurar respostas em um louco que nem sabe onde está. E, finalmente, o movimento de Milei chamado “a liberdade avança” deveria se chamar “a liberdade recua e morre”.
A luta continua!
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