A Federação Nacional dos Petroleiros e o Observatório Social do Petróleo lançam Manifesto Petrobrás Para os Brasileiros

Gasolina a R$8,00, botijão mais de R$100,00, inflação comendo nosso salário… Ninguém aguenta mais.

E no olhodesse furacão está a maior empresa do país, a Petrobrás, empresa que já foi integrada, atuando do poço ao posto, da exploração até a distribuição de petróleo e gás no país, mas que hoje encontra-se fatiada, vendida.

Já foram privatizadas a BR Distribuidora (principal empresa de distribuição de combustíveis e lubrificantes, com mais de 8 mil postos de gasolina espalhados pelo país), a NTS e TAG (transportadoras de gás natural), a Liquigás (distribuidora de GLP, o famoso gás de cozinha), e até mesmo refinarias estão à venda. A primeira refinaria privatizada, a RLAM, na Bahia, já comercializa a gasolina e o diesel mais caros do Brasil.

Diante do ano eleitoral e de toda a narrativa que se criou em torno da Petrobrás desde a lava-jato e sua relação íntima com a política brasileira, a Federação Nacional dos Petroleiros, em parceria com o Observatório Social do Petróleo, lança o Manifesto Petrobrás Para os Brasileiros, trazendo em dez pontos fundamentais ações para a empresa voltar a ter um caráter social e cumprir sua missão como empresa estatal: servir aos brasileiros e ajudar no desenvolvimento do país.

OS DEZ PONTOS PARA UMA PETROBRÁS PARA OS BRASILEIROS

1) Acabar com o PPI (Preço de Paridade de Importação) para reduzir o valor cobrado para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. O preço dos combustíveis deve ter como referência os custos internos de produção e refino – um dos mais baixos do mundo.

2) Diminuir a margem de lucro da Petrobrás e dos distribuidores privados, que está em 328% no litro de gasolina e 401% no litro do diesel, para garantir preço justo nos combustíveis.

3) Resgatar a Petrobrás como empresa integrada de energia, do poço ao posto, com a anulação dos leilões, concessões e privatizações, passando pela BR Distribuidora, refinarias, subsidiárias e setor petroquímico.

4) Retomar a construção das refinarias de Abreu e Lima (PE), COMPERJ (RJ), Premium I (MA) e Premium II (CE), para garantir a autossuficiência nacional; e recuperar as fábricas de fertilizantes alugadas, vendidas ou hibernadas, para garantir a soberania alimentar do país.

5) Reservar parte do lucro para a transição energética, viabilizando ações de preservação ambiental em todo o país e a construção de uma matriz renovável que proteja o planeta, com investimento em energias alternativas e renováveis, como a eólica, a solar e os biocombustíveis. Utilizar o gás natural como fator de transição da matriz fóssil para uma matriz energética renovável.

6) Retomar o papel da Petrobrás nos Estados onde encerrou atividades, especialmente no Nordeste, região com grandes descobertas na camada do pré-sal.

7) Criação de um imposto de exportação de óleo cru, direcionando os recursos para saúde, educação, transporte e cultura, meio ambiente e desenvolvimento da indústria nacional, com a criação de empresas estatais de construção civil, serviços e tecnologias.

8) Pela retomada de concursos públicos, valorização da força de trabalho e fim da terceirização, incorporando todos os contratados pela Petrobrás. Readmissão dos demitidos políticos reconhecidos pelo movimento.

9) Gestão com transparência, democracia e constante fiscalização pelos trabalhadores e população, a fim de evitar corrupção, nepotismo, apadrinhamentos e demissões injustificadas. Eleição da Diretoria e elaboração do plano estratégico pelos trabalhadores, com controle popular.

10) Retomar uma Petrobrás 100% estatal, recomprando suas ações – especialmente negociadas na Bolsa de Nova York – e fechando seu capital. Além disso, restituir o monopólio estatal do Petróleo e Gás.

Manifesto publicado no site do Observatório Social do Petróleo: https://observatoriopetroleo.com/manifesto/?contact-form-id=2240&contact-form-sent=3839&contact-form-hash=05300a88158dfba4aa0371bc308159b8ba586780&_wpnonce=f190ecf9ab#contact-form-2240

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