Um estudo econômico da Universidade Nacional de Avellaneda na Argentina publicado nesta sexta-feira (27/09) apontou que a cada um minuto e meio uma vaga de emprego foi fechada no país nos últimos 12 meses.
De junho de 2018 a junho de 2019, a Argentina perdeu 14 mil empregos por mês, 3 mil por semana, 478 por dia, 40 por hora e um a cada 90 segundos. O relatório afirma que no acumulativo de 2017 a 2019, perdeu-se 233 mil “posições de trabalho assalariados formais, tanto privados quanto públicos”.
A taxa de desemprego no país latino-americano chegou, no segundo semestre de 2019, a 10,6%. Desde 2006, o índice de desemprego não atingia tal marca.
O estudo afirmou que os setores de empregos privados e no comércio foram os que mais sofreram. O setor privado, comparado com um ano e meio atrás, perdeu 228.159 postos de trabalho.
Por sua vez, o comércio perdeu entre 2018 e 2019 cerca de 67 mil postos de trabalhos. O estudo apontou que a área “antes da crise” havia registrado um crescimento de cerca de 38 mil postos.
“Tendo em conta que a população total é cerca de 44,4 milhões de pessoas, e que a taxa de atividades foi de 47,7%, estima-se que há 2,2 milhões de desempregados na Argentina”, afirma o texto.
O relatório do Observatório de Políticas Públicas indicou que o mercado de trabalho “sofreu” conforme as novas políticas econômicas que foram impulsionadas a partir de 2015 e o ano de 2019 “continua a aprofundar esta tendência”.
“Isso está relacionado com o aumento da crise, as mulheres foram forçadas a deixar o mercado de trabalho como uma maneira de contribuir com mais renda para o grupo familiar”, aponta o relatório.
Segundo o estudo, a taxa de pessoas que estão há mais de um ano procurando emprego aumentou para 37%. Os que procuram trabalho há menos de um ano é de 15%. “Isso implica que o mercado de trabalho começou a reduzir sua taxa de rotatividade e os desempregados demoram mais tempo do que o habitual para conseguir um novo emprego”.
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Na semana passada, mais duas instituições confirmaram seu apoio à docuficção “Quarenta”: o Sinasefe e o Sindsaúde. Você também pode fazer parte da campanha de financiamento coletivo. Para contribuições individuais, clique em catarse.me/quarenta