Guerrilha e governo negociam libertação de general e retomada dos Diálogos de Paz

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A pressão popular e internacional parece estar surtindo efeito para que se chegue ao fim o sequestro pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) do general colombiano Rubén Darío Alzate e a consequente retomada do ciclo 32 dos Diálogos de Paz entre governo e guerrilha em Havana, Cuba. O militar do Exército foi capturado com mais duas pessoas por guerrilheiros no último domingo, 16 de novembro, no Departamento de Chocó. O presidente Juan Manuel Santos reagiu suspendendo as negociações de paz.

Informações da imprensa dão conta de que Santos e as Farc acordaram as “condiciones necessárias” para a libertação de Alzate, comandante da Força de Tarefa Conjunta Titán. Com o general serão libertados também o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego. Os soldados César Rivera e Jhonatan Díaz, sequestrados em Arauca uma semana antes também deverão ganhar a liberdade. Cuba e Noruega, países garantidores do processo de paz de Havana, confirmaram na noite desta quarta-feira, 19, que “as libertações ocorrerão com maior brevidade possível”.

Segundo o comunicado lido pelo representante de Cuba, Rodolfo Benítez, e pela delegada da Noruega, as condições para a libertação incluem a participação dos países garantidores e a contribuição do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, tal como corresponde “às (libertações) acordadas para outros tipos de operações realizadas no marco do processo de paz”.

Logo após o sequestro do general, as Farc instaram o governo colombiano a concretizar um cessar fogo bilateral que permitisse solucionar o caso de Alzate. Desde que começaram os Diálogos de Paz, há dois anos, o governo se nega a firmar a trégua, justificando que isso só aconteceria quando os acordos de paz fossem concluídos.

Pressão popular

Movimentos sociais e organizações políticas, liderados pela Marcha Patriótica e outras forças políticas e sociais que integram a Frente Ampla pela Paz, se mobilizaram, nesta quarta-feira, 19, em Bogotá e em todas as capitais colombianas para respaldar os diálogos de paz. Em declarações à Telesur, Jaime Caycedo, secretário do Partido Comunista colombiano, comentou que a mobilização exorta o governo a resolver o conflito pela via da sensatez e do diálogo. “A ruptura dos diálogos não é o caminho”, expressou.

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=83338

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