Possível aumento de contingente terrestre seria “modesto” e jamais comparável aos 150 mil soldados norte-americanos que ocuparam o país entre 2003 e 2011.
O Iraque vai precisar de pelo menos 80 mil tropas militares norte-americanas para retomar o território perdido para os militantes do Estado Islâmico e retomar sua fronteira com a Síria, declarou nesta quinta-feira (13/11) o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior, a mais alta hierarquia das Forças Armadas dos EUA, durante uma audiência no Congresso.
O anúncio vem menos de uma semana depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, dobrar o contingente militar no país árabe, que se aproxima de 3 mil soldados. Nos últimos meses de expansão do grupo extremista sunita, contudo, o chefe de Estado insistiu que o país não iria retomar à tática de combate terrestre no Iraque.
Para Dempsey, a retomada da cidade de Mosul, segunda maior do Iraque, e o reestabelecimento da fronteira entre o Iraque e a Síria serão tarefas “bastante complexas”. “Eu não estou prevendo que gostaria de recomendar que as forças iraquianas em Mosul e ao longo da fronteira deveriam estar acompanhadas por tropas norte-americanas, mas certamente estamos considerando isso”, afirmou o general.
Mesmo com o potencial envolvimento dos Estados Unidos no combate terrestre iminente, Dempsey argumentou que o novo aumento de tropas seria “modesto” e que não seria comparável aos 150 mil soldados norte-americanos que ocuparam o Iraque entre 2003 e 2011.
Estado Islâmico: expansão e criação de moeda própria
Nesta quinta, o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, anunciou em comunicado que o grupo expandiu seu califado para outros países do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Iêmen, Egito, Líbia e Argélia, ressaltando o “fracasso” da coalizão militar internacional conduzida pelos EUA.
Em mensagem de áudio, al-Baghdadi declarou também que aceita a adesão de outros grupos extremistas e anunciou que a organização cunhará sua própria moeda nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque.
Em comunicado divulgado na internet, que não teve a autenticidade confirmada, o Escritório da Casa de Finanças do Estado Islâmico informou que fabricará moedas em ouro, prata e cobre para “substituir o sistema de câmbio tirânico que foi imposto aos muçulmanos e levou à opressão”.
Nas moedas, que foram ilustradas no comunicado, aparece a inscrição “Estado Islâmico” e “um califado que segue o modelo do profeta” Maomé, junto com dados de seu peso e valor.
Estima-se que o califado islâmico instalado em zonas petrolíferas ganhe cerca de US$ 2 mi (RS 4.95 mi) por dia com a venda de petróleo no mercado negro, segundo a Bloomberg.
Fotos: Efe
Fonte: Opera Mundi